A doença contraída pelos três agricultores que encontram-se hospitalizados no Hospital das Clínicas, em Recife, aconteceu após o contato com um tatu. A afirmação é do secretário-Executivo de Saúde, Aron Lourenço, que durante entrevista ao FAROL, assegurou que os agricultores veem sendo acompanhados pelo município.

Os agricultores- o pai de 71 anos, e os filhos, 40 e 36 anos- residem no Sítio Barra, no distrito de Tauapiranga, e chegaram a uma unidade de saúde da prefeitura no dia 28 de março.

“Os sintomas eram febre alta, tosse e falta de ar. Foram feitos Raio X e exames complementares e, em seguida, foram encaminhados para o Hospam, porque já estavam com o quadro pulmonar comprometidos”, revelou Lourenço.

INVESTIGAÇÃO

De acordo com o secretário-executivo, a investigação do caso começou de imediato por parte da Vigilância Sanitária, e, de pronto, o diagnóstico foi feito.

“Iniciamos o processo investigativo e rastreamos todos os passos desses pacientes. Eles tiveram contato com o peba. O  mais novo, de 36 anos, viu o peba entrando numa toca e chamou os outros. Se enfiaram no ambiente do animal e tiveram contato com fungos. Já tinham o histórico de gripe e esta doença é muito comum para quem pratica esse tipo de caça”, esclareceu Aron Lourenço, reforçando que a doença é transmissível apenas com o contato direto com o ambiente do peba.

HISTÓRICO

A doença é causada pelo fungo Coccidioides immitis e é relatada no sul e no oeste dos Estados Unidos (Califórnia, Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada) e no México. Na década de 1990, foram diagnosticados os primeiros casos no Brasil, sobretudo no Ceará e no Piauí, vizinhos de Pernambuco.

A forma mais comum de contágio é pela inalação do fungo em suspensão no solo seco.