O secretário de Cultura de Serra Talhada, Anildomá de Souza, rebateu críticas de que estaria usando o cargo em causa própria, beneficiando-se de eventos municipais para privilegiar apenas a cultura do xaxado. O fato não geraria tanta polêmica caso “Domá” não estivesse à frente de uma fundação de dança, que trabalha há anos especificamente com xaxado. Falando à rádio Líder do Vale FM, esta semana, o secretário argumentou que também vem investindo em outras áreas.
“Veja só: nós temos audiovisual, artesanato, pintura em pedra, canto coral, percussão, danças com frevo, ciranda, coco, samba, hip hop, trabalhamos muito bem a parte de literatura e o xaxado, e muito bem o xaxado!, porque Serra Talhada é a Capital do Xaxado, temos uma vocação para esta dança criada pelos cangaceiros e não temos como negar, se alguns não gostam, paciência!, mas é assim que Serra Talhada está sendo projetada”, disparou “Domá”, concluindo:
“Até para as pessoas dormirem melhor, olha, não seria nada estranho falar em xaxado porque a minha formação cultural foi enraizada na história de Serra Talhada e não tem choro baixo e cocoreco, não… Mas eu quero convidar as pessoas a conhecerem isso. Está correto, não é só xaxado, não. Existem outras linguagens artísticas e todas são respeitadas e tratadas carinhosamente e a nossa equipe tem esse cuidado”.
O secretário destacou ainda que está se preparando para exaltar a cultura de Serra Talhada na 16ª Feneart (Feira Nacional de Negócios do Artesanato), que acontece em Recife no próximo mês, e também com o espetáculo ao ar livre O Massacre de Angicos, idealizado pela fundação familiar do secretário de Cultura.
Recentemente, o FAROL foi procurado pelo mestre de capoeira “Nego”, que reclamou que a Secretaria Municipal de Cultura não investe em outras atividades a não ser xaxado.
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