Da ISTOÉ

A ministra italiana do Interior, Luciana Lamorgese, expressou nesta terça-feira (25) satisfação com a detenção no Brasil de um dos chefes da máfia calabresa, Rocco Morabito, o segundo criminoso mais procurado do país.

“É uma conquista extraordinária, que demonstra a capacidade da magistratura e dos organismos responsáveis pela aplicação da lei para combater de maneira eficaz o crime organizado e suas ramificações internacionais”, afirma a ministra em um comunicado.

“É um duro golpe para a ‘Ndrangheta (ndr: máfia calabresa). A luta contra as máfias e a ilegalidade é uma prioridade”, declarou o ministro da Defesa, Lorenzo Guerini.

Morabito, de 54 anos, era o segundo mafioso italiano mais procurado, atrás apenas do chefe da Cosa Nostra, Matteo Messina Denaro. O líder da ‘Ndrangheta foi detido na segunda-feira (24) na cidade de João Pessoa, resultado de “uma investigação conjunta entre Brasil e Itália”, informou a Polícia Federal.

Conhecido como “rei da cocaína” por suas relações com grupos criminosos da América do Sul, Morabito era procurado desde 1995 pela Justiça italiana, que o acusa de associação criminosa e tráfico de drogas.

Condenado à revelia a 28 anos de prisão, uma sentença que depois foi ampliada para 30 anos, ele foi detido ao lado de outro membro da ‘Ndrangheta, Vincenzo Pasquino, natural de Turim, também incluído na lista de criminosos mais procurados.

Morabito foi detido em 2017 em um hotel de Montevidéu, capital do Uruguai, depois de morar por 13 anos com uma identidade falsa no balneário de Punta del Este.

A Justiça uruguaia aprovou sua extradição para a Itália em 2018. Em junho de 2019, porém, Morabito protagonizou uma notória fuga pelo telhado da Prisão Central de Montevidéu ao lado de outros três estrangeiros. Estava foragido desde então.