Polícia CivilFoto: Farol de Notícias/Alejandro García

A crise que atinge a Polícia Civil de Pernambuco, marcada por protestos e embates entre governo do Estado e a categoria, vem afetando diretamente os serviços na Delegacia de Serra Talhada. Entre as principais mudanças, está a entrega das chamadas PJES (Programa de Jornada Extra de Segurança). Os policiais afirmam que não têm condições ideais de trabalho, que o valor pago pela jornada extra é muito baixo e os delegados também aderiram. Nesta quarta-feira (8), a categoria deflagrou mais uma paralisação de 24h nos serviços.

Em conversa com o FAROL, o comissário Cornélio Pedro da Costa detalhou que grande parte dos procedimentos deixaram de ser registrados na Delegacia de Serra Talhada. “Com a entrega das PJES voltamos somente ao regime tradicional de plantão 24h por 72h. Isso é em todo o Estado. Com essa entrega, os serviços de expediente pararam na delegacia e os plantonistas estão fazendo só alguns procedimentos, como o registro de flagrantes”, detalhou.

Ou seja, caso a Polícia Militar faça alguma ocorrência nas ruas e leve até a Delegacia local, corre o risco de não ter o caso autuado. Ainda, por conta do movimento paredista, será difícil a Polícia Civil ir para às ruas da cidade investigar algum crime.

PRINCIPAIS PROBLEMAS

A categoria alega que está sendo vítima da ausência de investimentos por parte do Governo de Pernambuco com a segurança pública. Um dos principais problemas é a falta de pessoal para atender a grande demanda nas delegacias de todo o Estado. Em Serra Talhada, a divisão local conta apenas com 12 pessoas.

Além disso, na Capital do Xaxado há o problema com a falta de estrutura, como a existência de coletes a prova de balas vencidos. Cornélio Pedro da Costa revelou que a delegacia local possui apenas dois coletes de segurança entregues ainda na gestão do ex-governador Jarbas Vasconcelos (1999/2006).