chuteO prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), enviou projeto de lei à Câmara de Vereadores, nesta sexta-feira (20), extinguindo o cargo de secretário-executivo do Meio Ambiente. O curioso é que todas as secretarias dispõem do cargo, que prevê salário de R$ 4.290. Entretanto, o corte atingiu apenas o meio ambiente.

O FAROL apurou que após a saída do ambientalista Bonzinho Magalhães, que pediu exoneração da pasta, a secretaria-executiva vinha sendo ocupada por um parente do prefeito Luciano Duque. Atualmente, existe até o cargo de secretário executivo de Governo.

Mas a notícia pegou de surpresa até o chefe da pasta ambientalista Euclides Ferraz. “Como assim? ele extinguiu o cargo? Mas foi apenas no Meio Ambiente ou em todas as secretarias?”, questionou Ferraz, sem esconder a surpresa durante conversa com a reportagem do FAROL.

A extinção promovida pelo prefeito petista coloca em xeque o real  papel dos secretários executivos e o impacto dos salários sobre a folha de pagamento. Em boa parte das secretarias o secretário-executivo atua como um mero coadjuvante. Em alguns casos, sequer acompanha o cotidiano do titular e não presta expediente.

Quando a nomenclatura foi criada, no início de 2013, o ato sofreu críticas até do ex-prefeito Carlos Evandro, que viu como atitude desnecessária apenas para onerar os cofres públicos.