Mais uma vez, operários que trabalham no canteiro de obras do Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada, paralisaram as atividades por falta de compromisso da Construtora Carajás, responsável pelo serviço. A última paralisação, pelos mesmos motivos, ocorreu em dezembro, antes do Natal (leia aqui).
Nesse final de semana, o operário Antonio de Melo da Silva, 45 anos, relatou o drama a reportagem do Farol.
“Nós já estamos sem aguentar e por isso, abandonando o serviço. Completou dois meses que a gente não recebe dinheiro, sem receber nada. Estamos sem trabalhar e levando falta. Eles [a empresa Carajás] quer que a gente trabalhe sem dinheiro, sem nada. Não sei se tem esta lei? Tenho três anos e três meses na empresa, e não sei o que fazer. Luto por mim, e meus companheiros. Estamos passando por um caso muito pesado em nossa vida. Tenho pensão para pagar, aluguel e despesas da casa. A justiça não quer saber se você atrasar a pensão, por isso que estou pedindo ajuda ao Farol”, disse Antonio Melo.
ISENTAM PAULO CÂMARA
Durante a entrevista, o operário fez questão de isentar o governador Paulo Câmara. Segundo ele, o socialista não sabe o que acontece nos bastidores da obra.
“Eles estão botando culpa no governador Paulo Câmara, mas a gente tem certeza que o governador não está devendo nada a empresa. Ela [Carajás] tá pegando o dinheiro do governo e ‘entocando’, fazendo outros compromissos, deixando os funcionários sem dinheiro. Precisamo do sindicato aqui. Tá todo mundo perdido neste hospital. Tá tudo parado. Somos pais de família, se estamos trabalhando, é porque temos precisão. Queria que o governador olhasse para esta situação”, cobrou Antonio Silva.
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