Por Giovanni Sá, Editor do Farol de Notícias

Publicado  às 05h28 desta segunda-feira (17)

“Não vão nos intimidar! As ameaças traduzem o desespero das milícias digitais de Bolsonaro e reafirmam a importância do nosso trabalho contra o atraso civilizacional e retrocessos representados por este governo”, este desabafo é do senador da República, Randolfe Rodrigues, da REDE, que recebeu ameaças de morte, por telefone, para votar à favor do decreto presidencial que facilita a compra de armas no Brasil. O decreto anulando o de Bolsonaro é de autoria de Randolfe.

E assim lá se vão quase seis meses do governo de Jair Bolsonaro. Sem nenhum política pública de geração de emprego e renda para o Brasil, sem qualquer iniciativa ousada para melhorar os índices na saúde e educação, e com uma única frente de atuação: a Reforma da Previdência.

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Foram seis meses de tensão, com a substituição, às vezes humilhante, de 12 auxiliares. O último, em cadeia nacional- Joaquim Levy- que o presidente disse ‘não aguentar mais’.

E o decreto para armar a população até os dentes, em que vai melhorar a distribuição de renda no Brasil?

Nesse sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para defender o decreto que facilita a compra e o porte de armas para cidadãos comuns e várias categorias profissionais. Ele pediu que as pessoas pressionassem os senadores.

“A CCJ do Senado decidiu revogar nossos decretos sobre CACs e posse de armas de fogo. Na terça (18), o PL será votado no plenário. Caso aprovado, perdem os CACs e os bons cidadãos, que dificilmente terão direito de comprar legalmente suas armas. Cobrem os senadores do seu Estado”, escreveu o presidente, estimulando ainda mais os ataques e ameaças aos senadores eleitos pelo voto direto.

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O tema já era polêmico e ganhou mais repercussão depois que senadores passaram a ser ameaçados por telefone e mensagens. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) registrou boletim de ocorrência na polícia do Senado na quinta (13), quando recebeu telefonemas com ameaças de morte em seu gabinete, além de mensagens com outros tipos de intimidação pelo Whatsapp.

Um governo que age estimulando ameaças e influenciado por um vereador movido pelo ódio, a exemplo de Carlos Bolsonaro, ou por um astrólogo maluco, tem tudo para dar errado.