Serra Talhada sofre com gritante vulnerabilidade socialPor Diego Carvalho, tabelião, advogado e poeta serra-talhadense

Serra Talhada vibra! 2024 chegou com tudo, as luzes do Natal começam a ser silenciadas, já se fala em Carnaval, outros comentam sobre o São João.

Nas redes sociais o clima é de festa, pessoas começam a definir suas metas e estratégias, inclusive um dito cidadão disse metaforicamente que “zerou tudo”, mas eu pergunto: será que reiniciou tudo mesmo?

Acredito que não, muitos problemas romperam ao ano, basta andar pela Rua Sergio Magalhães, região central de Serra Talhada, onde está localizado a igreja da Penha.

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Lá podemos ver com clareza, que nossa cidade experimenta uma crise social grave, já enfrentada por grandes centros urbanos, como Recife e São Paulo. Em menor proporção, mas que tem tudo para crescer e aumentar.

Muitas pessoas, inclusive crianças, vivem em situação de hiper vulnerabilidade. Dormindo na rua, em cima dos seus papelões, sem moradia, comida ou estrutura emocional mínima para enfrentar a vida.

Alguns consomem entorpecentes, outros movidos pelo alcoolismo doentio brigam entre si, ameaçando pessoas que caminham na praça, por não lhe darem recursos para sustentarem os seus vícios.

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O que mais me chamou atenção, foi a capacidade de reinventar dessas pessoas, afinal nenhum vício é sustentado sem dinheiro, pois bem, muito desses cidadãos dormem no “beco da caixa”.

Marcando o lugar nas filas de atendimento, que são comercializados no dia seguinte, dessa forma nunca faltará o “din din” para “tomar uma”, ou coisa pior, quem sabe?

Afinal o “crack” é uma realidade no nosso município. Esse é um problema social que precisa de uma atuação efetiva da Prefeitura Municipal e Conselho Tutelar.

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Seja por meio de lar de acolhimento ou da ajuda efetiva de direcionamento, cada caso deve ser tratado com muito respeito e dignidade. Pois estamos tratando de seres humanos.

Também é necessária uma fiscalização por parte da Polícia Militar, principalmente no “beco da caixa”, onde ocorrem as brigas e marcações de fila.

Bem como o consumo de drogas durante a noite e madrugada, aterrorizando a vizinhança. Pois é injusto que moradores sejam aterrorizados e prejudicados sem segurança noturna.