Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Escuto, às vezes, reações de espanto quando começa um debate entre um possível confronto eleitoral, em 2024, entre a atual prefeita Márcia Conrado e o ex-prefeito e deputado Luciano Duque. Vejo muito espanto, inclusive, de aliados da gestora, como se fosse um ‘sacrilégio’ Duque entrar numa disputa legítima e democrática.

Ora, eu defendo o confronto porque acho que Serra Talhada merece este cenário. Estamos avançando em algumas áreas, estacionados em outras, e portanto, tenho certeza que a capital do xaxado não é para amadores. Não precisamos de ‘aventureiros’, mas de mãos que tragam esperanças por seus gestos.

É legítimo e necessário o projeto de reeleição de Márcia Conrado. Passou pelo teste do ‘poste’, um misto de preconceito e desconfiança. Marcou seu território na política estadual, tem equipe e projetos, e pode colocar nos trilhos o que até agora parece confuso.

Já o deputado Luciano Duque não só tem a bagagem acumulada de dois mandatos exitosos e progressistas, como conseguiu, como ninguém, ter um olhar anos-luz sobre Serra Talhada. Duque tem visão otimista sobre a cidade, e nunca virou às costas quando a ‘terrinha’ precisou.

Portanto, não é nada fora do normal este confronto. Não é nada de ‘criador e criatura’. Colocar Duque e Márcia em confronto é amar Serra Talhada. É torcer por uma cidade mais punjante. O resto é politicagem barata e desnecessária. Feliz 2024 para todos.