Foto: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 05h10 desta quinta-feira (15)

A aposentada Carmelita Bernardo da Silva, 66 anos, veio até o Farol fazer um pedido de ajuda. Carmelita mora com 4 netos, o dinheiro que recebe não está dando para manter a família e em ato de desespero, pediu ajuda com alimentação para não ver seus netos passando fome. Mesmo com muita dificuldade, Carmelita não perde o bom humor e fala sobre o período que trabalhou no cemitério, renda extra que a ajudava com as despesas, mas que devido as dores, ela perdeu.

“Eu crio meus netos e o dinheiro que recebo não dá para nada, pago aluguel de casa, pago água, pago luz, até a luz já cortaram. Mês passado eu vendi minha geladeirinha por R$ 100 para poder pagar a água, porque eu não tinha com o que pagar e se não pagasse eles cortavam. Eu não posso mais trabalhar porque sinto muitas dores nas pernas, eu aceito qualquer coisa que me der, comida, roupa. Eu crio os meus netos porque mataram um filho meu e outro morreu afogado, eu crio os filhos deles, são 4 netos e eu”, relatou.

TRABALHO NO CEMITÉRIO

Com bom humor, a idosa ainda relata que muita gente ficava sem pagar pelos seus serviços de manutenção de algumas covas no cemitério. Sente falta de trabalhar, mas com muitas dores nas pernas ela teve que parar. “O que eu estudei foi o cabo da inchada, não sei nem assinar meu nome, trabalhei por mais de 20 anos no cemitério, adoeci e não posso mais trabalhar, sinto saudade dos meus defuntinhos, de vez em quando eu vou lá só para olhar como estão, eu acho melhor estar lá do que estar em casa, eu cuidava dos túmulos, capelas, covas, plantava as flores lá, um bocado me velhacaram, tem um bocado de defunto velhaco, viu?!”, detalhou.

Para ajudar você pode ir até a sua residência na Travessa Central, nº 263, bairro Borborema. Ou pelo número: (87) 99177-8268 (celular da ex nora Gerlânia)