A barragem de Serrinha, na zona rural de Serra Talhada, teve início em 1960 e chegou até mesmo a ser inaugurada em 1994, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. A diferença é que após a inauguração as águas do açude serviram apenas para recheio eleitoral dos políticos da região. Nenhum projeto estruturante foi implantado em seu entorno. Nesta segunda-feira (7), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, declarou um novo tempo para Serrinha e arriscou até lançar prazo para utilização racional da barragem.

“Nós lançamos em novembro o programa Mais Irrigação e uma das soluções para barragem de Serrinha é transferir a governança para o Incra. Portanto, até março, vamos está com o programa revisto e atualizado e teremos a alegria de voltar à Serra Talhada e anunciar a utilização plena das águas da Barragem de Serrinha para que ela possa gerar emprego e renda”, assegurou o ministro Bezerra Coelho.

POUCOS PROJETOS

O otimismo do ministro não contagia quem mora nas proximidades da barragem que conta hoje com cerca de 200 milhões de metros cúbicos d’água. Afinal, os poucos projetos implantados ou foram alterados ou não funcionam. O exemplo mais grave é a eletrificação da estrada de contorno onde foram investidos muito dinheiro público e os postes, sem fiação, são provas que algo de muito errado aconteceu neste trecho.

“Eu mesmo só acredito neste prazo do ministro quando tudo estiver funcionando. Já cansei de promessas”, disse a agricultora Maria Severina da Silva. Já o prefeito Luciano Duque (PT) não quer perder a esperança e fez solicitações por escrito ao ministro de implantação de projetos de psicultura na barragem. “Entre os pedidos, solicitamos 500 tanques de psicultura para Serrinha”, declarou o prefeito. Como a esperança é a última que morre…