Publicado às 05h20 desta quinta-feira (13)

O funcionário público Cleiton Gomes Cavalcante, 34 anos morador da Rua Doutor Ivan Souto de Oliveira no IPSEP, em Serra Talhada, entrou em contato com o Farol para relatar que a sua rua está cheia de buracos. Para piorar a situação, quando chove, a água entra nas casas, pois segundo Cleiton, a rua encontra-se em nível mais alto que as casas. Assim como Cleiton, a Consultora técnica Elma Cavalcante, 49 anos, o motorista Expedito Gomes de Lima, 44 anos e a confeiteira Jaqueline Carvalho, 34 anos, alegam os mesmos problemas.

“Essa rua foi feita faz pouco tempo, só que quando eles foram fazer o calçamento a rua subiu bastante, o aterro ficou muito alto, cerca de uns 80 centímetros de areia, como subiram muito a rua, acabou prejudicando várias casas do final da rua, quando choveu foi o maior problema, a água invadiu as casas, o esgoto não está dando conta mais depois que fizeram a obra, porque quando chove com a quantidade de água muito grande, o esgoto acaba retornando para dentro das casas, o esgoto estoura com frequência e dessa última vez foi tão forte que o esgoto não deu conta e água acabou passando entre o aterro e o calçamento, fazendo com que o calçamento ficasse todo fofo. Essa semana a prefeitura fez a caixa de esgoto, mas deixou o resto da rua”, relatou Cleiton.

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Elma Cavalcante também relata os transtornos que vem sofrendo desde que a rua foi calçada, ela assim como outros moradores cobram respostas da prefeitura sobre a situação.

“Sou moradora da Rua Dr Ivan Souto de Oliveira, aqui no Ipsep e venho fazer um desabafo. Quando anunciaram que a nossa rua seria calçada foi uma alegria só, todos os vizinhos fizeram festa pois há muito tempo a gente vinha sofrendo com o “poeirão” nos tempos de seca e com a lama nos tempos de chuva. Tão logo começou no serviço a gente começou a perceber que seríamos prejudicados, pois o nível da rua estava ficando bem mais alto do que as calçadas, a camada de areia que antecede as pedras do calçamento era muito espessa, foi avisado, mas de nada adiantou, falaram que o nível da rua seria aquele mesmo. A maioria dos vizinhos tiveram que suspender suas calçadas (um prejuízo de última hora sem muito tempo para planejamento, pois as chuvas estavam iniciando) pois não deu outra, depois do calçamento concluído, qualquer chuva é motivo pro esgoto retornar nos nossos quintais, além do transtorno o prejuízo também veio, alagando as casas e destruindo os móveis, etc. Estamos com o calçamento todo estourado, afundando no trecho onde passa o esgoto, um caos, perdemos o sossego em tempo de chuva. Queremos alguma reposta da prefeitura já que desde o início das chuvas que nós moradores avisamos aos responsáveis e até agora nada foi resolvido”, afirmou Elma.

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MAIS RECLAMAÇÕES

Expedito Lima também detalha a sua situação e se sente muito prejudicado com a pavimentação, pois segundo ele teve que quebrar a parede para que a água que entrou em sua casa escorresse para o terreno vizinho.

“Me chamo Expedito conhecido por Bil moro na Rua Dr. Ivan Souto de Oliveira e nas chuvas que teve entrou água minha casa tanto pela rede de esgoto, como pela frente da casa, isso nunca tinha acontecido só depois da obra do calçamento. Que ficou a desejar. Toda chuva que tem minha casa fica alagada pois não tem nível da rua e a queda da água ficou só na frente da minha casa ao lado tem um terreno baldio, a sorte pois tive que quebrar a parede do muro pra água sair. É  um constrangimento e ao mesmo tempo triste ver nossas coisas se perdendo. E o pior são as promessas que dizem que vão vir arrumar o calçamento pra fazer a queda direito e nada. Vou ter que aumentar a frente da casa por que já fico com medo quando o tempo muda para chuva”, detalhou Expedito.

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Jaqueline Carvalho, que vê o sofrimento dos vizinhos, também se sensibiliza com a situação e afirma que já foi feita promessas para que a rua fosse nivelada, mas até agora nada foi feito.

“Sou moradora da rua Dr. Ivan Souto de Oliveira e da mesma medida que fiquei feliz pelo calçamento da nossa rua trazendo benefícios, também fiquei entristecida, pois quando chove vejo o transtorno que meus vizinhos passam por sofrerem alagamento em suas casas como já presenciei por 2 vezes, em decorrência da elevação desproporcional do nível da pavimentação. Espero que seja tomada as devidas providências, pois já se comprometeram por diversas vezes, e até agora nada. A chuva para nós é benção, mas ver os vizinhos perderem seus móveis a cada enchente é angustiante”, afirmou Jaqueline.

O OUTRO LADO

O Farol entrou em contato com secretário de obras de Serra Talhada Cristiano Menezes para averiguar a situação, mas até o fechamento desta matéria não obteve respostas.