A peleja entre os recém-concursados auxiliares de serviços gerais e o Governo Municipal ganha mais um capítulo. Após uma reunião tumultuada entre a prefeitura e os servidores, na última segunda-feira (7), o concursados aproveitaram para denunciar que estão sendo vítimas de assédio moral por pessoas do governo. Segundo o concursado Magno Duarte, há uma forte pressão para o trabalho, constrangimentos públicos e até tempo restrito para o funcionário usar o banheiro.

“Na hora do nosso descanso, por exemplo, fica um encarregado dizendo que a gente está sendo filmado e para tomarmos cuidado”. Segundo ele, o clima é de desconforto desde o transporte ao local de trabalho até as tarefas exigidas. “Há casos em que pediram que companheiros nossos fossem retirar lixo de residências de pessoas do governo. Quem se recusa recebe suspensão”, revelou Magno Duarte. 

Negociações

Nessa quarta-feira (9) servidores e o setor jurídico da prefeitura sentaram para negociar. Entretanto, não houve acordo entre as partes. Entre as reinvidicações dos concursados está o uso dos equipamentos individuais de proteção (EPIs) e a definição específica das atribuições dos servidores.

Os 46 selecionados garantem que no edital do concurso da prefeitura não havia clareza quanto a tarefa de varrer vias públicas. Já o advogado Cecílio Tiburtino Filho, representante da prefeitura, contesta a situação. “O edital é muito claro e tem um anexo com relação às atribuições”. Com relação aos EPIs, Cecílio Tiburtino informou que o governo já abriu um processo licitatório. “São pessoas com números diferentes de roupas e sapatos.  Não dá para ser algo rápido”, avisou.

O advogado se comprometeu em apurar as denúncias de assédio moral levantadas pelos servidores. “Não sabíamos de nada disso. Vamos apurar e punir, se for o caso”, disse. Os auxiliares de serviços gerais não querem retornar ao trabalho enquanto não chegar os equipamentos de proteção.