Nos próximos dias, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada (Sintest) vai deflagrar uma campanha exigindo da Câmara Municipal a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Instituto de Previdência Própria de Serra Talhada (IPPST). Segundo a direção do Sintest, várias irregularidades estão acontecendo em relação à previdência dos servidores municipais.
“Hoje não há nenhuma transparência com os recursos da previdência. O conselho (de previdência) não se reúne há mais de uma ano. E o pior: inventaram uma fila para a aposentadoria”, conta o professor Sinézio Rodrigues, presidente do Sintest. “Ou seja, o servidor completa o seu tempo de serviço e ainda tem que enfrentar uma fila para se aposentar. Isso é um absurdo”, critica.
Na última sessão da Câmara de Vereadores, o debate veio à tona por intermédio do vereador Zé Pereira (PT). O parlamentar criticou a existência da fila dos aposentados, que, pelo quadro crítico da situação, hoje é comentada entre os servidores como a “fila dos desesperados.” A falta de transparência na gestão dos recursos, a omissão do Conselho e a fila da aposentadoria são razões suficientes, segundo o Sintest, para abertura de uma CPI.
No próximo dia 23 de maio, o sindicalista Sinézio Rodrigues vai utilizar a tribuna da Casa Joaquim de Souza Melo para cobrar urgência na instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. A direção do Instituto de Previdência de Serra Talhada já encaminhou à promotoria toda a documentação solicitada. O MP deverá se pronunciar após análise dos documentos e dos extratos bancários.
Ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) rejeitou a prestação de gastos apresentada pelo Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Serra Talhada, referente ao ano de 2007. De acordo com o relator do precesso, entre as irregularidades, houve ausência de documentos essenciais para esclarecer gastos relativos à locação de imóvel pelo Instituto.
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