sintestFotos: Alejandro Garcia / Farol

Na manhã desta segunda-feira (11) o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Sintest) em assembleia extraordinária com os professores de Serra Talhada decidiram por manter o estado de greve e lutar por um reajuste salarial de 16,65% e 13% para os demais servidores do administrativo, serviços gerais, merendeiras etc. Além das reivindicações salariais, os professores pedem um programa de assistência de saúde e maior transparência no repasse de verbas e prestação de contas da educação municipal. A reunião foi acalorada com as colocações e proposições de professores com a mesa diretora do Sintest, formada por Sinézio Rodrigues (Presidente), Edvaldo Ferraz (Vice-presidente), Júnior Moraes (Tesoureiro), Edilene Alves (Secretária dos Aposentados), Luciana Lima (Diretora dos Aposentados).

Em declaração ao FAROL, vereador e presidente do Sintest, Sinézio Rodrigues, afirmou que o aumento do percentual é necessário para que o salário dos professores da cidade se equipare ao piso salarial nacional.

“Nós fomos fazer um estudo lá no Plano de Cargos e Carreiras do professor do município e verificamos que o percentual de 13% não cobriria o percentual necessário para garantir o piso salarial aos trabalhadores da educação. O governo para ficar igual ao piso nacional ele tem que conceder um aumento de 16.65% a todos os professores. Isso é uma surpresa? É! Para a gente do sindicato, assim como eu acredito que tenha sido para o secretário de Educação. Nós estamos aguardando, suspendemos a greve, mantivemos o estado de greve e convocamos uma nova assembleia”, disse Rodrigues.

ESTRATÉGIA

De acordo com Sinézio, a estratégia do sindicato agora será de fortalecer as bases do movimento junto aos servidores da categoria e tomar as medidas judiciais cabíveis para que o debate com o governo avance positivamente para a pauta dos professores. O sindicato tem evitado a deflagração de uma greve, afirmando, assim como o prefeito Luciano Duque, que o embate deve permanecer no diálogo. A assembleia ainda votou a convocação de uma nova reunião para o dia 19 de maio, às 14h na Câmara Vereadores da Capital do Xaxado, esperando Duque retornar de viagem e tomar conhecimento das mudanças na negociação e apResentar nova proposta.

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A reportagem do FAROL conversou também com alguns professores que participavam da assembleia. Miriam Medeiros, professora de Geografia e História da escola Raimundo Gomes de Barros, no Logradouro, justificou a sua participação.

“É um direito que assiste o sindicato e aos professores buscar melhorias para toda a categoria, eu estou de acordo com os 16.65%. Sem dúvida vai melhorar bastante o nosso salário, eu acho que tudo é importante, mas reajustando o salário já um grande avanço”. O professor de Língua Portuguesa da escola Antônio Alves de Souza Gootemberg Mangueira, se mostrou mais favorável a proposta ofertada pelo governo: “11% que o governo está oferecendo já é alguma coisa, no cenário que o país se encontra, é preferível que a gente opte por não parar. Se a gente parasse agora ia desestabilizar tudo”.