O vereador e sindicalista Sinézio Rodrigues condenou, em entrevista de rádio nesta segunda-feira (7), que o prefeito Luciano Duque tente dialogar com os servidores, mais uma vez, através de interlocutores que “só atrapalham” e “desrespeitam” a realidade do funcionalismo público de Serra Talhada.

Para Sinézio, Duque estaria perdendo uma boa oportunidade de abrir os caminhos para um consenso. E aconselhou o gestor a não escalar mais pessoas que queiram se beneficiar “com a queda de braço” que vem sendo desenhada diante o projeto que aumenta a alíquota da previdência para o funcionalismo em 2,5%.

“Ele (Duque) não pode ficar enviando gente que não tem nada haver com os trabalhadores. Pessoas sem qualquer habilidade. Estão aparecendo pessoas alheias para se buscar os caminhos do entendimento, mas que tem só atrapalhado e desrespeitado os servidores e trabalhadores. Esperamos dialogar com o prefeito ou então que ele nomeie gente capacitada.”

Rodrigues disse ainda que, se a comunicação entre a categoria e o governo continuar desastrada como está, a tendência é que a classe dos servidores continue se sentindo “provocada”, e isso seria ruim para a busca de uma saída consensual. Sinézio fez questão de afirmar que o calendário de mobilizações contrárias ao projeto será mantido.

“Queremos chegar ao fim desse debate com uma convergência, e não essa queda de braço que tem gente da gestão que quer essa queda de braço, mas que não vai ser boa para o prefeito. Vamos conversar e fazer as coisas de forma transparente. Nós queremos sentar na mesa de negociação, mas se formos provocados vamos aumentar as reivindicações”, ameaçou, arrematando:

“Muitos dos que estão com o prefeito atualmente atendem somente aos seus próprios interesses financeiros, e não ao projeto político que temos como Partido dos Trabalhadores para Serra Talhada”.