secretaria-de-saudeO esquema de um possível superfaturamento de medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde de Serra Talhada pode chegar ao fim do ano sem respostas à sociedade. Há 15 dias, a secretária de Saúde, Márcia Conrado, confirmou que havia sobrepreços de até 200% em licitações realizadas no prédio da Prefeitura. A questão é que a secretária ficou de enviar à Câmara documentos e provas sobre o problema.

De acordo com vereadores da bancada de oposição, até a última sexta-feira (5), nenhum documento havia chegado às mãos dos parlamentares e agora surge mais uma preocupação: o ano legislativo termina no próximo dia 22 e pode não dar tempo, caso a documentação seja entregue, abrir qualquer processo investigatório.

Para alguns vereadores, a tática do governo Duque é vencer pelo cansaço e colocar uma pedra no assunto, que acabou arranhando a imagem do governo.

“Estamos de olhos e preocupados com tudo isso. É claro que a sociedade merece ter respostas sobre o caso. Há uma possibilidade que esta documentação chegue hoje (segunda-feira), mas ninguém sabe de nada além do que foi declarado pela secretária Márcia, durante uma reunião”, disse o vereador Márcio Oliveira (PTN), um dos mais interessados sobre o caso.

MUDANÇA DE RUMO

Um outro problema será enfrentado pela Câmara de Vereadores: a mudança de discurso de Márcia Conrado. Após admitir a existência de um suposto esquema de compras, por decisão do governo, a secretária começou a negar que tenha empregado o termo superfaturamento.

Por outro lado, a Prefeitura de Serra Talhada, através da assessoria de comunicação, confirmou que seria entregue aos vereadores apenas cópias de contratos e não os mapas de licitações. Se isto ocorrer, não será possível comprovar qualquer possibilidade de fraudes.