Eduardo da Silva Noronha é suspeito de sequestrar menina no Rio de Janeiro e levá-la ao Maranhão — Foto: Montagem/g1
Por G1
O ponto de partida para localizar o paradeiro da menina de 12 anos que estava desaparecida há 8 dias no Rio de Janeiro foi achado nas suas redes sociais. Foi no TikTok que a polícia, junto com a família, identificou o perfil do suspeito com quem ela conversava há dois anos, ou seja, quando tinha apenas 10 anos.
Nas conversas antigas, chamou atenção o fato de Eduardo da Silva Noronha, hoje com 25 anos, já fazer planos para morar com a menina. O tempo passou e, no último 6 de março, segundo as investigações, Eduardo buscou a menina de 12 anos na porta de sua escola, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para levar para um bairro periférico de São Luís, no Maranhão.
A delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio de Janeiro (DDPA), conta que a criança sempre foi levada na escola pela mãe e, apenas esse ano, começou a ir para a escola sozinha. Foi a brecha esperada para concretizar os planos de Eduardo de levar a menina para viver com ele. Lá, eles viveriam em uma quitinete, mas o sonho de uma suposta vida a dois começou a desmoronar quando a menina se viu trancada no lugar dia e noite, sem contato com ninguém e sem acesso à internet.
Ao ser levada em uma loja para comprar roupas, ela conseguiu wi-fi para entrar em sua outra rede social, o Instagram, para pedir ajuda para irmã. Falou pouco, mas o suficiente para deixar apontar uma localização. A partir da pista, policiais do Rio de Janeiro investigaram a região para tentar localizar quitinetes próximas à loja. Com a ajuda da Polícia Civil do Maranhão, a menina foi localizada na terça-feira (14).
Eduardo foi preso em flagrante, quando voltava do trabalho para a quitinete, e está sendo investigado em um inquérito no Maranhão que apura sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável – quando se comete ato de natureza sexual com menor de 14 anos.
Polícia quer saber quem dirigiu até o Maranhão
O homem confessou à polícia que a beijou a menina, mas negou ter tido relação sexual com ela. A menina deve ser submetida a exame de corpo de delito ainda no Maranhão para que a polícia apure se houve a conjunção carnal.
Homem foi preso por cárcere privado — Foto: Reprodução/TV Globo.
A polícia ainda apura se a viagem foi feita por meio de aplicativo de transporte individual ou se foi combinada diretamente com um motorista.
Volta ao Rio deve acontecer na quinta
O pai da menina, Alessandro Santana, embarcou nesta quarta-feira (15) para São Luís, no Maranhão, para buscar a filha, que está abrigada na Casa da Mulher Brasileira – um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência em São Luís.
Ele foi acompanhado de uma invstigadora da Polícia Civil, que deverá cuidar da segurança e bem-estar dos dois na volta ao Rio de Janeiro.