Do Diario de Pernambuco
Um ex-aluno de 18 anos explodiu um artefato que levava consigo, nesta segunda-feira (13), em uma escola ortodoxa russa, ferindo dez estudantes.
O ataque foi em uma escola ortodoxa que fica próxima do convento Vvedensky Vladychny, do século XIV, na cidade de Serpukhov, cerca de 100 quilômetros ao sul da capital russa, informou o Ministério do Interior da região de Moscou, em um comunicado.
“Um ex-aluno da escola, de 18 anos, entrou e se explodiu”, relatou o ministério.
Uma representante da comissão de investigação, Olga Vradii, disse que o suspeito, ferido na explosão, “está em cuidados intensivos” e, portanto, “os investigadores não conseguiram trabalhar com ele”.
De acordo com Vradii, o agressor “queria se suicidar”.
Também “há dez menores feridos”, disse a comissária regional para os direitos das crianças, Ksenia Mishonova, no Telegram, explicando que nove deles estavam no hospital, mas que “nada ameaçava suas vidas”.
– Cheiro de queimado e lágrimas –
“Senti o cheiro de queimado, e o professor do colégio disse que houve uma explosão (…). Muitas crianças choraram”, relatou um dos alunos, Denis Riabov, aos jornalistas, ao sair da escola acompanhado de sua mãe.
De acordo com a agência de notícias Tass, que cita fontes policiais, o autor do atentado planejava ativar “seu artefato explosivo caseiro durante as orações matinais na escola, mas se fez explodir na entrada”.
As motivações deste ex-aluno ainda são desconhecidas. Desde 2001, a instituição conta com estudantes com idades entre 7 e 16 anos.
O Comitê de Investigação russo, responsável pelos principais casos criminais do país, abriu uma investigação por “tentativa de homicídio” e por “tráfico de explosivos”.
“A Igreja, inclusive nas escolas, tem que lidar com adolescentes que não são fáceis, cujas vidas foram devastadas. E continuaremos trabalhando com todas as crianças”, disse o porta-voz da Igreja Ortodoxa Russa, Vladimir Legoyda, que manifestou sua “dor”.
Atentados com explosivos e tiroteios em escolas vêm-se tornando mais frequentes nos últimos anos no país, o que levou a um endurecimento das leis sobre porte de armas, determinado pelo presidente Vladimir Putin.
Com essas reformas, a idade para adquirir armas de caça foi elevada de 18 para 21 anos, como já acontecia com as armas convencionais. Também passou-se a exigir um exame médico reforçado.