Foto: Reprodução

Por Metrópoles

 

Imagens feitas por satélite mostram uma ruptura de centenas de metros no solo de uma província turca Gaziantep, causada pelo terremoto de magnitude 7,8 da última segunda-feira (6/2). No total, já foram contabilizados mais de 23 mil mortos na Turquia e Síria após os tremores.

O registro foi feito pela Maxa Technologies, que liberou as imagens de antes e depois da ruptura causada na superfície do solo na província turca.

“Novas imagens de satélite disponibilizadas pela Maxar mostram uma ruptura de centenas de metros, que se deslocou cerca de 4 metros no sentido horizontal, perto de Nurdagi, na província de Gaziantep, Turquia”, escreveu o sismólogo Nahel Belgherze nas redes.

As equipes de resgate na Turquia e na Síria continuam a trabalhar no salvamento de vítimas do terremoto que atingiu a região na última segunda, apesar de o trabalho ser dificultado pelo clima frio.

Após o desastre, Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) estima que até 5,3 milhões de sírios possam ficar desabrigadas.

Placas tectônicas

Ao Boletim Metrópoles, Marcelo Peres Rocha, geofísico do Observatório Sismológico da UnB, explicou que a região afetada pelos terremotos é uma divisa entre três placas tectônicas. A condição favorece a ocorrência de abalos sísmicos.

“A região da Turquia está na divisa entre a Placa da Anatólia, a Placa Africana e a Placa da Arábia. O que está acontecendo é: a Placa Africana está subduzindo embaixo da Placa da Anatólia, forçando ao mesmo tempo a Placa da Arábia. O resultado do deslocamento dessas placas foram os terremotos”, explicou.