Da Folha de PE

Em meio a uma transição de chefes, o Universo Cinematográfico da DC (DCEU) lança o filme que vai dar o pontapé inicial para a nova fase. “The Flash” promete mudar tudo que sabemos sobre super-heróis e tem estreia marcada para esta quinta-feira (15) nos cinemas do mundo inteiro.

Mundos colidem quando Barry Allen (Ezra Miller) usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado. Mas quando tenta salvar sua família e acaba, sem querer, alterando o futuro, Barry fica preso em uma realidade na qual o General Zod (Michael Shannon) está de volta e não há super-heróis a quem recorrer. A não ser que Barry consiga persuadir um Batman diferente a sair da aposentadoria (Michael Keaton, reprisando seu papel nos clássicos do Tim Burton de 1989), seu universo nunca mais será mais o mesmo.

No elenco de “The Flash” estão também a estrela em ascensão Sasha CalleRon Livingston (série “Loudermilk”, “Invocação do Mal”), Maribel Verdú (série “Elite”, “E Sua Mãe Também”), Kiersey Clemons (“Liga da Justiça de Zack Snyder”, “O Mistério da Ilha”) e Antje Traue (“Amor Proibido” “O Homem de Aço”).

As HQs
Como a grande maioria dos filmes de heróis de hoje em dia, este também é baseado em uma HQ. Intitulada “Flashpoint”, ela retrata o evento que marca o fim da fase dos “Novos 52”. Esses “reboots” nos quadrinhos são muitos comuns, já que as histórias duram décadas e é difícil para novos leitores saberem por onde começar. Por conta desses novos começos, surgiram universos paralelos e várias versões dos mesmos mascarados, tema muito recorrente hoje em dia.

A fase atual ficou conhecida como “Renascimento”. Ela se inicia com o velocista fazendo de tudo para retornar para sua linha do tempo normal, mas ele acaba misturando as realidades paralelas e volta para um multiverso onde muito se alterou quando a linha do tempo foi restaurada, dando início às histórias que estão sendo publicadas hoje em dia.

Um universo sem Zack
O longa desempenha um papel parecido para o universo cinematográfico que, durante 10 anos, esteve sob o comando de Zack Snyder. O diretor é um entusiasta de quadrinhos de super-heróis que já havia adaptado duas comics clássicas: “300” (2006) e “Watchmen” (2009).

Apesar de ter sido bem recebido inicialmente, sua visão por trás de diversos personagens da Detective Comics deixou a desejar e a cada nova entrada os fãs ficavam mais insatisfeitos. A série foi composta de bilheterias que quase não tinham retornos, como “Shazam” e “Mulher Maravilha“.

Apesar de conhecer os personagens, Zack não sabia conduzir uma franquia. Sua versão da “Liga da Justiça” (2017) foi muito aguardada, já que iria juntar todos os heróis e dar um sentido àquela bagunça. Muito parecido com os “Vingadores”. Mas mais uma vez ele falhou e o resultado foi mais um problema para a empresa. Ficou claro que a DC precisava se livrar dele, mas quem iria substituí-lo? Foi assim que um diretor da empresa rival, Marvel, recentemente demitido, e nunca muito levado a sério por Hollywood (provavelmente pelos seus primeiros trabalhos como “Scooby Doo”), foi chamado para dirigir o novo “Esquadrão Suicida” (2021).

O resultado foi engraçado e diferente de tudo aquilo que estávamos acostumados. James Gunn já havia fazendo sucesso com a trilogia de “Guardiões das Galáxias” e mostrou ser capaz de trazer ideias novas enquanto respeita o material original. Ele mal assumiu o comando dos filmes e já começaram as mudanças, como um Super-Homem mais novo que chegará aos telões em 2025. “The Flash” dá início ao final do reinado de Zack, e o funciona como botão de restart da DC.