A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou, nesta quarta-feira (25), o segundo pedido de habeas corpus de Jussara Paes e Danilo Paes, esposa e filho do médico Denirson Paes da Silva, assassinado e esquartejado numa cacimba na casa da família em Aldeia, Camaragibe, no início do mês de julho.
O primeiro pedido de habeas corpus foi negado pelo desembargador Antônio de Melo e Lima, da 2ª Câmara, no último dia 12 de julho, mantendo mãe e filho presos – ele, no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife; e ela, na Colônia Penal Feminina do Recife.
Nesta quarta, a decisão foi da 1ª Câmara Criminal, composta pelos desembargadores Mauro Alencar e Antônio Carlos Alves da Silva, além de Antônio de Melo e Lima. Após a decisão, o advogado dos suspeitos, Alexandre Oliveira, informou que entrará, nesta quinta-feira (26), com recurso junto Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entenda o caso
O desaparecimento de Denirson Paes da Silva vinha sendo investigado desde meados de junho. Em um boletim de ocorrência registrado no último dia 20 de junho, a esposa dele – a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, 54 – alegava que a vítima teria viajado para fora do País e que não teria retornado.
A delegada Carmem Lúcia desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que eles moravam, em Aldeia. Com as buscas, foram encontrados restos mortais queimados e esquartejados, em uma cacimba na propriedade da família. A polícia confirmou a identidade do corpo.
Para a polícia, mesmo sem haver a definição da causa-morte do médico, já é comprovado que o crime configura-se como homicídio qualificado. Há indícios de que todo o crime tenha sido cometido pela esposa e o filho – Danilo Paes, 23 anos- do médico. A polícia acredita que eles tenham levado quatro dias para concluir todo o processo, e não há suspeitas de que outras pessoas estejam envolvidas no crime.