Publicado às 06h desta terça-feira (3)

Por Jorge Apolônio, Policial Federal e integrante da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Você é do tipo que acha que todo mundo merece uma segunda chance quando falha na primeira ou a desperdiça? E quando se trata de vereador ou outro político qualquer que não desempenhou bem seu mandato, você acha que ele merece uma segunda chance? E se ele já teve várias chances com mau desempenho, você acha que ele sempre merece mais uma? Aliás, quem elaborou essa tese? Qual é o critério? O da tolerância? Mas esse critério pode facilmente descambar para a permissividade de todo tipo, e é o quem tem ocorrido. Percebe o quanto essa tese pode ser generosa  ou nociva?

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A câmara de vereadores de Serra Talhada tem 17 vereadores, alguns em primeiro mandato, alguns em segundo, outros no enésimo mandato etc. Qual o seu índice de satisfação com o desempenho deles? Você está disposto a renovar o mandato deles ou renovar todo o quadro? Como se vê, a decisão está nas suas mãos. Você é do tipo tolerante, permissivo, indolente ou responsável?

Você precisa de vereador? Claro que sim. No nosso modelo político, eles são necessários e importantes. Mas você precisa de 17 em Serra Talhada? Por que tantos? A quem interessa esse número?

Este post, no estilo socrático, traz muitas perguntas, é verdade, e você precisa respondê-las para si mesmo e assim se conscientizar da importância imensa do seu voto, se ainda, infelizmente, não atingiu esse nível.

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A grande tragédia da democracia é o voto inconsciente, inconsequente, o voto “sem noção”, aquele voto  trocado por migalhas. Com ele, os tolos elegem os canalhas (eles não vêm de Marte) e os impõem à sociedade por 4 ou mais anos. Esse tipo de eleitor e esse tipo de político são responsáveis pela degeneração da democracia, corroída pela corrupção de uns e o descaso de outros.

A alternância de poder e a renovação do quadro político são salutares e fundamentais  para revigorar e aprimorar a democracia. Quando os mesmos indivíduos se perpetuam no poder, surgem os vícios políticos de toda ordem, a corrupção impera e a democracia e a qualidade de vida do povo se deterioram. Por sua vez, quando os incompetentes assumem o poder,  também perdemos todos com os erros e desperdícios incalculáveis. Constata-se, então, o óbvio: não basta ser honesto, é preciso também ser competente. Isso vale também para o eleitor. Seja honesto e competente ao votar.