A doença é causada pelo fungo Coccidioides immitis e é relatada no sul e no oeste dos Estados Unidos (Califórnia, Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada) e no México. Na década de 1990, foram diagnosticados os primeiros casos no Brasil, sobretudo no Ceará e no Piauí, vizinhos de Pernambuco.
A forma mais comum de contágio é pela inalação do fungo em suspensão no solo seco. Os pacientes internados são agricultores e lidam com o manejo da terra, além de praticarem a caça de tatus. Geralmente, a doença é leve e limitada, exceto em pessoas com comprometimento da imunidade.
O estado de saúde dos pacientes é estável. Eles estão realizando o tratamento com antifúngicos e devem ser acompanhados durante os próximos meses no ambulatório de infectologia do hospital da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
No HC, a doença foi detectada por meio de exame laboratorial do escarro realizado pelo Departamento de Micologia da UFPE. De acordo com o chefe do Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP) do HC e professor da UFPE, Paulo Sérgio Ramos, os médicos agora ficarão mais atentos a pacientes que vêm da área rural. “A coccidioidomicose é uma doença emergente no nosso estado e devemos ficar atentos e vigilantes quando nos deparamos com pacientes que venham de área rural com quadro clínico semelhantes”, explicou.
Da Folha PE
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