Da Revista Fórum

Reprodução/PebMed

O Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã (RS), confirmou que três pacientes vieram a óbito nessa quarta-feira (24) após passarem por processo de nebulização (inalação) com uma solução de hidroxicloroquina. A médica Eliane Scherer, responsável pela prescrição, foi denunciada pela instituição ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina, e também foi afastada do hospital.

De acordo com o diretor técnico do hospital, Tiago Bonilha, três dos quatro internado que fizeram o tratamento apresentaram taquicardia ou arritmia após a nebulização com hidroxicloroquina.

“Não tenho como atribuir melhora, ou piora diretamente ao procedimento, mas de fato, o desfecho final de três pacientes submetidos a terapia foi óbito. Todos eles têm documentado em prontuário taquicardia ou arritmias algumas horas após receberem a nebulização. Dois deles já estavam em grave estado geral, com insuficiência respiratória em ventilação mecânica e um deles estava estável recebendo oxigênio por máscara com boa evolução”, disse Bonilha ao G1.

O caso se deu durante o final de semana, quando ao menos dois pacientes entraram com uma ação na Justiça para a aplicação da nebulização. Um dos pedidos foi concedido, mas, desde que a médica assumisse o tratamento integral da paciente e que os familiares um termo eximindo o hospital de responsabilidade.