Foto: MANDEL NGAN / AFP

 

 

 

 

 

 

Do Brasil de Fato

O ex-presidente dos EUA Donald Trump declarou que uma de suas propriedades – Mar-a-Lago, localizada na Flórida – foi alvo da execução de um mandado de busca nesta segunda-feira (08). Trump estabeleceu residência na propriedade após deixar a Casa Branca. Ele não estava no imóvel no momento da ação dos agentes do FBI.

No comunicado, ele afirma que sua “linda casa” está “cercada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI”. Ele alega, ainda, que teve seu cofre arrombado.

“Essa busca não anunciada em minha casa não era necessária ou apropriada… Tal ataque só poderia ocorrer em países quebrados do Terceiro Mundo. Infelizmente, a América agora se tornou um desses países, corrupto em um nível nunca visto antes”, diz o documento.

Trump diz, ainda, que o ocorrido é “má conduta persecutória, uso do Sistema de Justiça como arma e um ataque da ala da Esquerda Radical do [Partido] Democrata que desesperadamente não querem que eu concorra à presidência em 2024”.

De acordo com o jornal dos EUA New York Times, a busca tem relação com documentos sigilosos que Trump teria levado consigo quando deixou a Casa Branca.

Trump está sendo investigado pelo Departamento de Justiça por ter insuflado manifestantes a invadirem o Capitólio no dia 6 de janeiro do ano passado, naquilo que é considerado por alguns analistas como uma tentativa de golpe contra o democrata Joe Biden, eleito em 2020.

Documentos no vaso sanitário

Também nesta segunda foram divulgadas imagens que sugerem que Trump jogou em vasos sanitários notas supostamente escritas por ele. As foram entregues à jornalista Maggie Haberman por uma pessoa que trabalhava na Casa Branca com o republicano.

O descarte desse tipo de documento não é permitido nos EUA. A Lei de Registros Presidenciais estabelece que “memorandos, cartas, notas, e-mails, faxes e outras comunicações escritas relacionadas aos deveres oficiais de um presidente durante o mandato” devem ser preservados.