Da Folha de PE

Centenas de turistas estavam presos e isolados nesta quinta-feira na ilha turística filipina de Boracay após a passagem do tufão Phanfone, que deixou 16 mortos em diversos pontos do país no dia de Natal.

O Phanfone alcançou ventos de até 200 quilômetros por hora, destruiu muitas casas e derrubou parte dos cabos do sistema de energia elétrica.

Ao menos 16 pessoas morreram em diversos pontos das ilhas Visayas, na região central das Filipinas, de acordo com um boletim da agência de resposta a desastres naturais.

O Phanfone atingiu duramente importantes destinos turísticos como Boracay e Coron, famosos por suas praias de areia branca, muito populares entre os turistas.

A avaliação dos danos, porém, não é definitiva, pois as linhas telefônicas e o acesso à internet permanecem cortados desde quarta-feira, afirmou à AFP Jonathan Pablito, chefe de polícia do município de Malay, na província de Aklan, próxima a Boracay.

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Ele também explicou que as viagens de balsa entre Boracay e Aklan – principal via de transporte entre as ilhas – permanecem suspensas.

O aeroporto de Kalibo, de onde decolam os aviões com destino a Boracay, foi muito afetado pelo tufão, de acordo com turistas coreanos retidos no terminal aéreo e que enviaram imagens à AFP.

“As estradas estão bloqueadas, mas alguns esforços foram feitos para retirar os escombros. A situação é bastante ruim”, afirmou à AFP Jung Byung Joon em uma mensagem enviada pelo Instagram.

“Tudo em um raio de 100 metros ao redor do aeroporto parece quebrado. Muitas pessoas estão frustradas no aeroporto porque os voos foram cancelados”, completou.

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“Os táxis estão em operação, mas ainda há vento e chuva. Ninguém quer sair do aeroporto, e eu me incluo”.

Até o momento, no entanto, nada indica danos graves em Boracay.

Apesar de consideravelmente menos grave, o Phanfone seguiu o mesmo trajeto o supertufão Haiyan, que em 2013 devastou o país e deixou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos.

“Phanfone é como um irmão mais novo do Haiyan. É menos destrutivo, mas seguiu um caminho similar”, declarou Cindy Ferrer, funcionária da agência de resposta a desastres em Visayas Ocidentais.

Dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em pleno Natal. Muitas não conseguiram se encontrar com parentes, já que as balsas e voos foram suspensos.

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As Filipinas são a primeira grande massa de terra do cinturão de tufões do Pacífico. O país é atingido por quase 20 grandes tempestades em média por ano.

Muitas tempestades são fatais e, com frequência, devastam as colheitas, casas e infraestruturas.