Uast recebe cineclube com produções quilombolasDo Cineclube Bamako

O Cineclube Bamako tem o maior orgulho de apresentar mais esta ação itinerante. Em parceria com o grupo de estudos Macondo / UAST-UFRPE, nossa próxima sessão será em Serra Talhada, na próxima terça-feira (19), às 19h, no auditório da unidade acadêmica.

Denominada como Sessão Kilombo, esta atividade cineclubista trará para a comunidade acadêmica – em especial os estudantes de comunidades quilombolas e indígenas – cinco produções que abordam vivências de identidades quilombolas em 3 regiões do Brasil.

Além de filmes sobre quilombos do sertão de Pernambuco – produções realizadas por quilombolas de Mirandiba e Salgueiro – , teremos um filme sobre o universo infantil de quilombolas do Espírito Santo (Disque Quilombola) e também uma produção do próprio Cineclube Bamako: O recém lançado OuvidoChão – Identidades Quilombolas.

Após a sessão teremos debate com a presença dxs jovens quilombolas do Centro de Cultura e Cidadania Zumbi dos Palmares, que participaram do curso Ficcionalizar no Kilombo, que produziram neste ano quatro filmes sobre os quilombos do Feijão e Quixabeira (Mirandiba-PE), dois dos quais entraram em nossa sessão: o documentário sobre religiosidade afroindígena Não Mexa em Coisa Sagrada e a ficção documental sobre o racismo nas relações de trabalho na cidade em O Retorno de Luzia.

Confira as sinopses e fichas técnicas

Disque Quilombola

(Doc: Dir: David Reeks, SP-ES, 2012, 13′, Livre)

Sinopse: Crianças do Espírito Santo conversam de um jeito divertido sobre como é a vida em uma comunidade quilombola e em um morro na cidade de Vitória. Por meio de uma genuína brincadeira infantil, os dois grupos falam de suas raízes e desvelam o quanto a infância tem mais semelhanças do que diferenças.

OuvidoChão – Identidades Quilombolas

(Documentário / Gabriel Muniz / Cineclube Bamako, RS, 2019, 18’, Livre)

Sinopse: Buscando retratar paisagens sonoras em territórios quilombolas, este documentário em progresso aborda a memória e a construção de identidades quilombolas a partir de dois personagens, moradores do Quilombo Fidélix (Porto Alegre-RS). Seu Tilmo é pedreiro com larga experiência e que construiu boa parte das casas do quilombo. Mestre Jaburu é mestre de Capoeira e realiza um trabalho de difusão da cultura ancestral no território. Ambos falam de suas acolhidas no quilombo, suas lembranças na relação com o território e com as sonoridades quilombolas.

O Retorno de Luzia

(Ficção-Documentário / Direção Coletiva / Coletivo Ficcionalizar, PE, 2019, 10’, Livre)

Sinopse: Do centro da cidade de Mirandiba aos quilombos da Quixabeira e Feijão, a paisagem sertaneja e o Baobá, árvore ancestral de África, vão abrigar a narrativa do retorno de Luzia ao quilombo, depois da dor e superação do racismo vivido na cidade.

Não Mexa em Coisa Sagrada

(Documentário / Direção Coletiva / Coletivo Ficcionalizar, PE, 2019, 10’, Livre)

Sinopse: Dona Mariazinha de Xangô é uma autêntica herdeira das tradições religiosas de matrizes afroindígenas atuante em Mirandiba desde o início dos anos 1990. A partir de seu depoimento, outras personalidades do lugar vão demonstrando a fé nos encantados que lhes protegem.

Black Out

(Documentário / Adalmir José da Silva, Felipe Peres Calheiros, Francisco Mendes, Jocicleide Valdeci de Oliveira, Jocilene Valdeci de Oliveira, Martinho Mendes, Paulo Sano, Sérgio Santos, PE, 2016, 13′, Livre)

Sinopse: Quilombo de Conceição das Crioulas, Salgueiro, sertão pernambucano, nordeste do Brasil. Um filme sobre o invisível.