Publicado às 06h08 deste domingo (12)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Será que tínhamos que passar por uma desgraça deste porte, como a pandemia da covid-19, para valorizarmos pequenos gestos e pessoas que estão ao nosso redor? Foi este pensamento que tomou conta de mim, na madrugada deste domingo, ao produzir este Farol pra vocês.

Então me bateu a saudade dos abraços que costumava trocar, diariamente. Nos amigos e amigas, colegas de trabalho, filhos e netos, meu pai, amigos da resenha, enfim, sempre gostei de celebrar a vida e as pessoas.

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Segundo os especialistas, o contato físico com outras pessoas pode ajudar a reduzir o estresse. Abraçar e beijar aumentam os níveis de oxitocina que pode ajudar a diminuir pressão arterial, reduzindo o risco de doenças cardíacas, estresse e ansiedade. Pois bem. Agora só nos restaram os cotovelos, os acenos, o adeus distante, para não ter que fotografarmos o ‘nunca mais’.

Penso que cada um de nós deve refletir, e muito, sobre este momento sofrido da humanidade. Quero ressurgir, caso sobreviva, como um ser humano melhor, mais solidário, deletar meus preconceitos e medos, combater o discurso de ódio que tomou conta de parte da sociedade, enfim, quero e vou abraçar muito, dizer verdades que possam agradar e celebrar a vida, como um ser que saboreia um gostoso copo de água ao deixar o deserto.

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Deixarei de ser árido, para observar o brotar de um homem melhor. Talvez, possamos chegar mais perto de Deus.

Bom domingo a todos!