Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Por Clayson Cabral, especial para o Farol

Publicado às 05h27 deste domingo (23)

Para soltar o bloco na rua a figura do músico é muito importante. Neste domingo de carnaval revelamos a história de um dos mais antigos músicos de Serra Talhada.

José Lourival do Amorim, ou simplesmente  “Zé Preto”, 78 anos, com um extenso histórico de experiência como músico percussionista e um dos mais antigos da Filarmônica Vilabelense, com um currículo de anos em carnavais.

Em conversa com o Farol, Zé Preto fala das viagens que fez por todo estado de Pernambuco e outras regiões ao longo de 50 anos de orquestra e revela como iniciou sua vida musical.

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“Minha vida musical eu andei esse mundo todo eu já fui até pra São Paulo tocando sanfona. Quando eu comecei, entrei no lugar do meu pai que também era músico, já próximo da festa do algodão de 1953. Toquei muito na Paraíba, em Patos e São José de Espinharas. Eu gostava muito daquele tempo era bom demais”, relembra.

Em seu rosto e nos dedos, está o registro de uma longa vida dedicada a música em orquestra dos antigos carnavais, festas populares em blocos de rua e festas no antigo Clube Intermunicipal de Serra Talhada (CIST). Em sua casa, ele guarda recordações da época com muito orgulho.

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Zé Preto nos mostrou alguns instrumentos como pandeiros e o famoso tarol que ainda guarda com muito orgulho e nostalgia. Zé Preto chegou a tocar com algumas celebridades como Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Valdick Soriano e Santana.

“Toquei com Dominguinhos pelo mundo a fora, o velho Lula Gonzaga, toquei com Valdick Soriano que queria me levar pra tocar com ele, mas na época eu tinha uma namorada que não queria que eu fosse”, relembra.

A saudade está estampada nos olhos de Zé Preto.  Quem o vê logo percebe. Em pleno carnaval, sente falta do bom carnaval de voltar a tocar, mas prefere cuidar da saúde, e das artroses que adquiriu ao longo da vida.

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“Os carnavais do meu tempo eram coisa pra cinema, muito bonito e seguro mais simples e divertido”, concluiu.