Uma escola resiste quase sem apoio no Centro de ST

Publicado às 05h desta segunda-feira (19)

Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, membro da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Fundada em 1965 pelo prefeito Luiz Conrado de Lorena e Sá, a Escola de Artes Antônia Pereira de Sousa, foi uma grande alegria para a população. Era a oportunidade que as pessoas teriam para melhorar de vida, aprendendo uma profissão. A escola foi inaugurada na Rua 15 de novembro, no primeiro andar do Mercado Público Municipal, tendo a Senhora Luiza Cardoso, mãe do humorista Arnaud Rodrigues, como a primeira diretora.

Começou com três cursos: “Corte e Costuras, bordado e Ponto de Cruz”. Já passaram tantos anos, e mesmo sem ser divulgada a escola continua devagar quase parada. Até 2013 ainda dava os diplomas escritos na máquina de datilografia e nunca foi informatizada.

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Quem entra no Mercado Público Municipal nem sequer imagina que existe uma Escola de Artes no primeiro andar. Mas a escola continua apesar das dificuldades, embora esteja esquecida.

Hoje ela tem novos cursos entre os quais: Pintura em Tecido, Crochê, Bordado em Fita e Artesanatos. Sendo o de Corte e Costura o curso mais procurado. O objetivo principal, segundo a diretora Mara Machado, é que os alunos aprendam fazendo terapia e gerando renda.

Hoje quem passa na calçada nem sabe que no Mercado tem uma Escola de Artes, porque já não tem mais a fachada. Há uma pequena placa pendurada na parede pedindo pra ser olhada. É uma pena que pela a maioria das pessoas que passa, a placa é ignorada.

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Quem quiser ir à escola para fazer uma visita e aprender um pouco da sua história, é só subir nos degraus, que logo chega na porta. A atração principal que existe é uma máquina de costuras com pedal, que foi a primeira há 54 anos atrás. A costureira costura pedalando sem parar, a força que move a máquina vem dos pés da costureira, só ela é quem pode dar.

Nisso o tempo foi passando, são quase 60 anos com a escola sempre firme, todos os dias ensinando. Apesar de esquecida sem ser muito divulgada e desprezada pela mídia. A escola se mantém nessa longa caminhada, de uma verba que recebe da Fundação Cultural de Serra Talhada.

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