Duque durante o programa do Farol – Foto: Licca Lima

Por Paulo César Gomes, professor, pesquisador, historiador, apresentador da TV Farol e colunista do Farol de Notícias

A informação narrada por um governista ao Farol sobre o encontro entre Márcia Conrado e Sebastião Oliveira, em Recife, mexeu com os ânimos e pode alterar o tabuleiro político para as eleições de outubro.

Até então, a improvável aliança terá que primeiro vencer a resistência das políticas. Isso porque, os acirramentos entre os dois grupos vivenciados em 2020 e principalmente em 2022, deixaram resquícios profundos.

Além disso, existe a possibilidade de racha interno na base dos dois grupos. Fruto de questões específicas, como as disputas pelo eleitorado em alguns distritos. Como por exemplo, São João do Barro Vermelho, Logradouro e Caiçarinha da Penha.

Vale registrar que a aliança precisa ser assimilada pela população. Pois não é sempre que a união entre grupos antagônicos funciona.

Um bom exemplo foi a eleição de 2012, que colocou Augusto César e Inocêncio Oliveira no mesmo palanque. Os dois acabaram sendo derrotados.

Mas existiram exceções. Em 1992, a junção de duas famílias, Pereiras e Carvalho, que foram rivais durante o século XIX e início do XX, pois fim a uma hegemonia política do ex-deputado Inocêncio Oliveira que já durava quase duas décadas.

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Naquele ano, a população optou pela mudança, e elegeu Augusto César. Tendo como vice Carlos Evandro, o fiador da dupla foi o então deputado estadual Argemiro Pereira.

Por outro lado, a prefeita Márcia Conrado pode sair fortalecida no seu projeto de reeleição. Agregando um eleitorado que hoje é resistente ao seu nome.

A união entre Sebastião e Márcia poderá obrigar o deputado Luciano Duque a anunciar publicamente que será candidato, fato antecipado pelo Farol de Notícias.

Essa decisão de Luciano Duque, segundo um ex-vereador e secretário do governo do ex-prefeito, em conversa com esse humilde escriba, Duque foi abordado por um de seus irmãos. De forma um pouco mais inflamada, questionado se iria assumir a candidatura ou não.

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Nesse diálogo, ocorrido no início de janeiro, Luciano respondeu de imediato que seria candidato para derrotar a prefeita Márcia Conrado. Ao que parece faltou sintonia entre as ações de Luciano e os pensamentos de Sebastião.

Nesse contexto, o que podemos prever é uma intensa movimentação em busca por partidos e candidatos a vereadores para fechar as chapas até o dia 6 de abril.

E também no processo de montagem das chapas majoritárias, em especial as indicações dos nomes para vice-prefeito.

O certo é que essa será uma disputa bastante acalorada e que vai envolver a sociedade em uma eleição que promete ser histórica.

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