Publicado às 05h08 desta quinta-feira (30)

Por Josenildo Mariano de Siqueira, professor serra-talhadense da Rede Estadual de Ensino

É com insatisfação que redijo esse texto. Bom seria não faze-lo. O título reforça meu pensar. Em tempo de violência são muitos os conflitos humanos contaminados pelo consumo crucial das ideologias partidárias que assolam a sociedade brasileira. Neste sentido, nada seria mais importante do que a universidade para combater esse vício maléfico, mas lamentavelmente ela não o faz. Furaram seus olhos. Não no intuito dela cantar melhor – “assum preto”, mas por interesse ideologicamente partidário. Pior embriagaram seus guias.

Instituir uma universidade pública de qualidade e democrática é compromisso social e passa precisamente pelo desenvolvimento de culturas de ideias, jamais pelo crivo de ideologias. Não há conquistas no campo acadêmico, seja filosófico ou tecnológico, que não trilhe pelos campos da produção do conhecimento. A universidade brasileira está cega sim. Deixando de dar ênfase a quartenarização dos setores produtivos exemplificando a biotecnologia, a microeletrônica, a socialização da inteligência artificial, patentear pesquisas laboratoriais para supervalorizar uma sociofilosofia decadente fracassada nos moldes gramscista, marxista e de aparato à nossa conterrânea, muito mais apagada do que as tradicionais ruas escuras do centro de Serra Talhada. Falo da Pedagogia Freiriana que em seus inexplicáveis trocadilhos mais parece textos dilmistas, dissertados pela nossa ex-presidente.

Os seus guias estão embriagados pelo ego. Em seus sentimentos estão as empresas terceirizadas infiltradas em suas entranhas. Representações acadêmicas estudantis (UNE), reitores e outras forjas distribuídas em desnecessários cargos, esses tais de confiança. Não é de estranhar se Deus não for indicado a tal cargo. Mesmo que sua naturalidade seja atribuída ao Brasil. “Deus é brasileiro”, mas assume cargo até o papa argentino desde que os membros do Vaticano comunguem da cartilha sestra, ou seja, sinistra. São múmias esquerdistas engessadas por saudosas verbas públicas.

Ultimamente vejo os opressores reclamando dos oprimidos. “olha só quem está falando”, exatamente essa galera universitária que se sente proprietária dos setores públicos internos universitários, tirando o direito constitucional de ir e vir de outros alunos discordantes de suas ideologias moscouvitas. Impondo e limitando o direito de só projetar nos telões dos auditórios universitários documentários que sejam em concordância com a grande marcha venezuelana

Então concluímos que se o contingenciamento de despesas é preocupante. Mas muito mais preocupante é o contingenciamento de produção de conhecimento científico que nos negou uma internalização de uma cultura de paz e de avanços sociais. Há anos a esquerda faz apologia a pedagogia da miséria. Prega e defende o nivelamento por baixo de um socialismo universitário sarcástico.