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Estudantes universitários de 12 turmas de cinco faculdades particulares do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), denunciam a empresa Núcleo de Apoio ao Formando (NAF) por ter recebido dinheiro para realização de festas de formatura e desaparecer.

Segundo membros da comissão de formatura de duas das turmas lesadas – que preferiram não se identificar -, o prejuízo estimado é de cerca de R$ 42 mil.

Alunos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Nutrição, Fisioterapia, Marketing, Enfermagem e Biomedicina denunciaram a empresa e prestaram queixas na Delegacia de Polícia de Crimes Contra o Consumidor e no Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE). “Estávamos pagando desde agosto de 2016. Até que sumiram em setembro de 2018”, explicou uma das representantes das turmas.

Segundo outra representante da comissão de formatura, chamou a atenção deles uma reportagem no fim de agosto do ano passado com uma denúncia de outros universitários. “Procuramos um dos representantes e ele disse que a gente tinha que continuar pagando, porque, se não, não haveria formatura. Pedi para o grupo parar de pagar e prestamos queixa na Delegacia do Consumidor e no Ministério Público”, detalhou.

Cerca de duas semanas após a denúncia, os estudantes foram informados de que a empresa não funcionava mais em sua sede, até então localizada na rua Major Codeceira, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife. Entre os itens acordados com a NAF, estavam o baile de formatura, o culto, as fotos, as placas das réplicas e a aula da saudade. “Eles sumiram e não existe mais sede. Da última vez que falei com o presidente ele mandou procurar o que fazer”, afirmou uma das representantes.

Segundo o Ministério Público de Pernambuco, em nota enviada à reportagem do Portal FolhaPE, depois que as universitárias foram à Promotoria do Consumidor, foi instaurado um procedimento, que virou um inquérito civil.

As notificações foram encaminhadas à empresa pela 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital. Os próximos passos da atuação serão definidos de acordo com as respostas da NAF ao MPPE, que ainda não foram feitas. A Delegacia do Consumidor, por sua vez, informou que está na fase de diligências para finalizar o inquérito.

Posicionamento da NAF

O Portal FolhaPE tentou entrar em contato com os representantes da NAF para pedir esclarecimentos, mas não obteve retorno. No perfil da empresa no Instagram, a última publicação data de 12 de setembro de 2018. Nos comentários, outros estudantes também se queixam de golpe.