Publicado às 06h20 desta segunda-feira (30)

Por Giovanni Sá, editor-chefe do Farol de Notícias

Baixado a poeira após o segundo turno eleitoral, dá para se enxergar, pelo menos, dois recados para os partidos políticos, de olho em 2022. O principal derrotado, sem dúvidas, é o presidente Jair Bolsonaro, que sequer tem um partido para chama de seu, e agiu tal qual um ‘midas’ ao avesso. Todos os candidatos que o presidente arriscou a pedir votos, durante as suas ‘lives-circo’, perderam e foram humilhados nas eleições.

Com a popularidade em baixa, Bolsonaro perdeu em seu estado natal, Rio de Janeiro, de forma vergonhosa. Crivela, o presidente e a Igreja Universal, braço religioso do bolsonarismo, foram enxotados pelo eleitor. O detalhe é que no interior do estado, todos os candidatos também apoiados pelos irmãos 01, 02, 03- os ‘metralhas’ do presidente, também foram derrotados.

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Isso não quer dizer que o Partido dos Trabalhadores (PT) ganhou. Muito pelo contrário. O PT não sai ‘bento’ das urnas, porque não vai governar nenhuma capital, apenas algumas médias e pequenas cidades do Brasil. O que reforça a tese de que a legenda precisa de reciclagem.

Todavia, a vitória da chamada ‘centro direita’, alças do Centrão- com destaque para o Partido Progressista (PP), que avançou, também preocupa. Fisiologistas e adeptos do ‘toma lá da cá’, os partidos do centro devem fazer o jogo de Bolsonaro em 2022. Isto é, caso ele esteja bem nas pesquisas, senão, irão pular para ouro galho. Sempre foi assim. O desafio para um novo Brasil já começou. Façam as suas apostas.