Da Folha de PE

Se tem uma disciplina que é garantia de estar presente nas provas de concurso público, essa é, sem dúvidas, a de língua portuguesa. E o certame da Justiça Eleitoral, cuja previsão é unificar Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) em um único edital, não fugirá desta regra.

Por isso, é fundamental que os candidatos estejam atentos à disciplina, sabendo que o nível de dificuldade das questões tende a se modificar a depender do cargo pretendido. “Os editais previstos, um para técnico e outro para analista, trarão, como sempre, distinções entre si que atingem muito mais o aspecto de aprofundamento em relação à dificuldade na abordagem dos assuntos do que mesmo de diferença programática”, destacou a professora de Língua Portuguesa Fabiana Ferreira.

conteúdo, analisa, normalmente se divide em conhecimentos relativos à produção e circulação de textos, normas de ortografia, morfologia, sintaxe e redação de correspondências oficiais. “Em tese, como o concurso é unificado, a cobrança em relação à dificuldade das questões pode ser maior. Há uma tendência a se nivelar ‘por cima’, o que privilegia quem estuda com um acompanhamento didático mais sério”, pontuou.

Também há tópicos que os alunos precisam dar mais atenção: “acentuação e suas implicações em áreas da sintaxe; dentro das classes gramaticais, ao verbo e aos pronomes; na sintaxe, à concordância, regência, crase e pontuação, sem falar nos textos que exigem de nós conhecimentos a respeito de tipologia, gêneros textuais e interpretação”, disse.

Conhecer o funcionamento eleitoral também pode ajudar no entendimento e na resolução das questões.

“Em relação aos conhecimentos gerais que estarão na prova, sem dúvidas serão abordados não apenas os aspectos que versam sobre a Justiça Eleitoral em si, como também sobre a lisura dos processos eleitorais; assim como os prejuízos causados pela propagação de notícias falsas e o empenho dos servidores e da magistratura para que os Tribunais Eleitorais voltem a ser respeitados por tudo aquilo que representam para o povo brasileiro. Penso que tematicamente esses assuntos perpassarão a prova de Língua Portuguesa”, avaliou.

De acordo com a professora, a rotina de estudos dos candidatos, no que tange aos aspectos da Língua, requer assiduidade e disciplina. “Não devem os concurseiros fazer um cronograma com quantidade de horas a serem estudadas e sim com uma delimitação fixa, por exemplo das 19h às 22h, para que não se corra o risco da procrastinação frequente. Começar a estudar o quanto antes é fundamental, afinal de contas, a quantidade de assuntos para o concurso é enorme, não podemos tentar nos enganar e pensarmos que a vida do concurseiro é moleza. Temos que assumir a nossa ‘cruz’ e carregá-la antes mesmo de o edital sair”, comentou.

Momentos de lazer também são importantes e devem fazer parte do cronograma elaborado. “É importante que nos lembremos dos momentos de descontração e os coloquemos no nosso cronograma a fim de que até os passeios estejam previstos lá. Assim sendo, aproveitamos os momentos de lazer para desopilar e recarregar as baterias. Em seguida, estaremos prontos para dar continuidade aos estudos com qualidade”, concluiu.