Vendedor de picolés inova com o PIX em ST e dá lição de vida

Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia

Publicado às 05h35 desta quinta-feira (28)

Moura tem 45 anos e para garantir e ajudar no sustento da família começou a vender picolés em Serra Talhada há cerca de dois anos. Atualmente trabalha de carteira assinada, como montador e entregador de móveis, e mesmo assim continua vendendo picolés. O trabalhador nos conta que está de férias há quinze dias, e vende picolés e sorvetes como uma atividade extra.

Criativo, ele decidiu inovar na relação com seus clientes, utilizando a ferramenta do PIX, sistema de pagamento bancário, que ajudou a ‘turbinar’ às vendas. A ideia veio quando percebeu que nem todas as pessoas estão sempre com o dinheiro em mãos.

“Muita gente está comprando. Houve dias que eu paguei à sorveteria via PIX, porque não tinha o dinheiro em espécie. Boa parte da venda tinha sido boa, graças a Deus! Cada centavo que entra na conta é bem-vindo. A gente que tem família, a gente tem que levantar as mãos para o céu para dar graças a Deus por ter uma oportunidade de trabalho. Se você quer trabalhar, tem como correr atrás”, ensinou o vendedor.

TRAJETÓRIA

Antes de vir para Serra Talhada, Moura residia entre Maranhão e Piauí. Era uma vida corrida. Veio para Serra Talhada após conhecer, nas palavras dele: “uma benção”, sua companheira.

Desde os 15 anos começou a ter responsabilidades, pois conheceu sua primeira companheira, e aos 16 já era pai de família. Senhor Moura enfatiza: “Eu agradeço muito por isso!”

Trabalhador, o vendedor já sofreu dois acidentes, tem cinco fraturas na perna, apesar disso nada o impede de trabalhar.

“Se a pessoa chegar para mim e falar: ‘Moura, eu preciso limpar meu banheiro, vá limpar meu banheiro.’ Eu vou, porque eu estarei recebendo alguma coisa. Se precisar limpar o quintal, eu vou. Ajudante de pedreiro, eu vou. Eu já trabalhei como gari, limpador de rua. Eu me orgulho da pessoa que eu sou, da minha força de vontade, da minha disposição para trabalhar. Eu não tenho mais saúde como um menino de 15 anos, mas eu procuro manter a minha família como eu acho que Deus me permite. Para quem não tem ajuda nenhuma, eu tenho que levantar as mãos para o céu e agradecer a Deus essa permissão que me dá”, pontuou.

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