Publicado às 18h57 desta terça (25)

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Nessa terça-feira (25), o parlamentar Antônio da Melancia declarou, durante discurso na Câmara Municipal, que o seu primo Otaviano Joaquim de Miranda, de 77 anos, encontrado morto em sua residência, foi vítima de latrocínio [relembre o caso aqui]. A tese compõe uma das linhas de investigação da Polícia Civil.

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com o parlamentar para entender a sua declaração na Tribuna da Casa Legislativa. O pai de Antônio da Melancia é primo legítimo da vítima Otaviano Miranda.

O vereador contou que Otaviano tinha um boteco dentro de sua residência que era muito frequentada. E revelou que a vítima já havia sido assaltada algumas vezes. Segundo o vereador, não foi encontrado dinheiro no local. Outro fato curioso é que Otaviano estava sem a roupa, deitado no chão e com um lençol cobrindo todo o corpo. A perícia será feita em Recife com previsão de retorno do corpo para o sepultamento para esta quarta-feira (26).

“Meu pai é primo legítimo dele, ele não vinha sofrendo ameaças, mas ele tinha um boteco, que tinhas uns 4 ou 5 litros de cachaça, vendia cigarros e lá sempre frequentava usuários de drogas e com isso ia vendo aquele movimento dele com o dinheiro, ele já tinha sido vítima outras vezes de assaltos, de furtos, já levaram R$ 10 mil, outra vez levaram R$ 15 mil dele, isso no tempo que ele tinha comércio forte, agora como estava fraco o dinheiro era pouco, mas, os interessados, maus condutas ficavam de olho”, afirmou o vereador Antônio da Melancia, complementando:

“Não dá para saber a quantidade de dinheiro que levaram, ele era uma pessoa muito recuada, não compartilhava muito com a família, a gente só sabe que ele era uma pessoa que nunca faltava dinheiro no bolso e esse dinheiro não estava na roupa dele. Não dá para saber a quantidade, mas levaram dinheiro. Ele era separado, morava sozinho, tinha 10 filhos espalhados pelo mundo. Otaviano foi encontrado com o fio de ventilador no pescoço, a pessoa que estava lá fechou a porta e levou a chave, ele estava sem roupa, só com a cueca, deitado no cimento e depois que ele estava morto a pessoa pegou um lençol e o cobriu, pode ter até envolvimento com mulher, ninguém sabe”. A Polícia Civil investiga o caso.