Publicado às 03h22 desta quinta-feira (22)

As contas dos exercícios 2013/2014 do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), que foram reprovadas pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), serão aprovadas na Câmara Municipal, inclusive com votos da bancada de oposição.

A garantia é do vereador Rosimério de Cuca (PMN), que durante entrevista ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, justificou que tem ‘uma dívida de gratidão’ com o prefeito petista, que precisa ser paga. O parlamentar disse que o julgamento na Câmara é político e não técnico, e citou como exemplo as contas reprovadas do ex-prefeito Carlos Evandro.

“O Tribunal de Contas é técnico e quando chega na Câmara o problema é político. Eu não sei qual é a posição da bancada de oposição quanto às contas do gestor Luciano Duque, mas vamos ser coerente e justo. Eu pelo menos, Rosimério de Cuca, tomando como exemplo o que aconteceu com Carlos Evandro e eu conversando com várias pessoas. Estive até com o líder da oposição, com Pinheiro, eu tenho uma posição. Porque um homem tem que ter duas coisas: palavras e gratidão. E Rosimério de Cuca é vereador hoje, primeiramente a Deus e segundo o povo. Mas eu estava no PMN e sei o quanto Luciano Duque aguentou a pressão dos vereadores de mandato da época e de hoje que ainda estão aí para fazer uma coligação com o PNM que se chamava Chapão. Luciano Duque manteve a palavra, não se coligou e Rosimério de Cuca hoje é vereador. É gratidão e palavra! Então, a minha posição é que não voto contra as contas de Luciano Duque, não”, revelou.

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Segundo o parlamentar, houve muita ‘politicagem’ no processo de reprovação das contas do ex-prefeito Carlos Evandro e não vai contribuir para que aconteça com Duque. Ao ser questionado se os demais integrantes da oposição têm o mesmo pensamento sobre o assunto, Rosimério foi enfático.

“Não todos, mas eu acredito que tenha uns dois ou três que comungam. Até porque, se eu não votar as contas dele (Duque) vão ser aprovadas de todo jeito. Não posso ser covarde, não posso ser ingrato com quem me deu a mão e por quem trabalhou e trabalha por Serra Talhada. Não é justo, com o mandato de Carlos Evandro e de Luciano Duque Serra Talhada cresceu e se desenvolveu”, reforçou.