Publicado às 05h50 deste domingo (21)

A Câmara de Vereadores de Serra Talhada se reuniu em sessão ordinária na última segunda-feira (15) para dar prosseguimento com os debates relevantes a cidade. Na reunião, o hospital de retaguarda no atendimento de pacientes com Covid-19, diante da solicitação do Ministério Público na contratação de 31 leitos para atender aos pacientes da Covid-19 e o fechamento do Hospital Clotilde Souto Maior, foram os temas mais mencionados pelos legisladores.

Na tribuna, Sinézio Rodrigues questionou a atuação do governo do estado e ressaltou o governo municipal, afirmando que este não tinha outra solução no momento a não ser optar pelo uso da Clotilde Souto Maior como apoio aos atendimentos do novo coronavírus.

“O que é incoerente no discurso é a falta do pedido de melhoria. Estão querendo atribuir a responsabilidade do governo do estado para o município. Estamos vendo vereadores incitando o não cumprimento de um decreto com relação a fogueira, mas não vemos o mesmo sendo feito sobre a falta de transparência com o governo estadual”, questionou o vereador da situação.

Em contraponto, a oposição, na voz de Pinheiro do São Miguel, cobrou que o governo Luciano Duque preste contas do que está sendo gasto com a pandemia do novo coronavírus.

“Não fizemos nada mais que o nosso papel de fiscalizar. A população precisa saber, detalhadamente, o que entrou na conta do governo municipal e o que está sendo feito. Não estamos dizendo que tem desvio, só pedimos uma prestação de contas detalhada e acessível, para que o povo entenda o que já foi feito e o que ainda será feito para o combate da Covid-19 em Serra Talhada”.

PARTINDO PARA A DEFESA

Ratificando o apoio a Duque e sua gestão, o vereador José Raimundo fez referência aos números de Serra Talhada, justificando-os com as ações da prefeitura que tem agido para diminuir a quantidade de internamentos. E ainda questionou sobre o Hospital de Campanha iniciado pelo governo Paulo Câmara.

“Hoje temos um número pequeno de internados, graças à Deus e a gestão, que vem realizando testes e acompanhando de perto as pessoas infectadas, ligando para quem teve contato e realizando um controle mais perto da doença. Se temos poucos casos, é graças ao controle e cuidado dos profissionais, agora, onde está o Hospital prometido pelo governo do estado? A gente tem que dar responsabilidade e cobrar providência”, finalizou.

Já o presidente da Casa, Manoel Enfermeiro, foi assertivo em seu pronunciamento ao pedir mais união ao grupo, no sentido de buscar melhorias para Serra Talhada, independentemente de partido político. Mas aproveitou para alfinetar colocando na balança a prestação de contas do Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães.

“Vamos cobrar prestação de contas do Hospam também. Precisamos acabar com a picuinha e cuidar das pessoas. A prefeitura tem acompanhado os casos, oferecendo o medicamento e cuidando. Não vejo o povo reclamando do que o governador prometeu e não fez. Vamos ter respeito por nós mesmos, vamos nos unir e trabalhar por Serra Talhada”, finalizou o presidente.