Publicado às 10h05 desta terça-feira (2)

Na última sexta-feira (29), a colunista do Farol e jornalista Rochany Rocha teve o seu número de celular e WhatsApp roubados. O golpe aconteceu quando às 15h ela recebeu uma ligação que se dizia ser em nome de um grande portal de notícias de Recife a convidando para participar de uma live sobre moda com várias blogueiras de Pernambuco.

O golpista pedia para verificar o link que tinha sido enviado via e-mail e SMS, para confirmar a participação. Mas, ao abrir o SMS, Rochany já perdeu todos os contatos de imediato e começaram a surgir pedidos de dinheiro em nome da jornalista. O criminoso levou cerca de R$ 2.300 e Rochany deixa um alerta às pessoas.

“O cara estudou toda a minha vida para poder dá o golpe, porque ele disse que estava falando em nome do NE10, e estava entrando em contato com algumas blogueiras para fazer uma live sobre moda, como o meu blog era do interior, perguntou se eu tinha interesse em participar. Eu inocentemente aceitei, ele me disse que estava mandando para o meu e-mail o link para eu verificar, como eu não estava com o computador ele pediu para eu olhar por SMS. Nesse momento quando eu fui olhar, não cheguei nem a clicar no link já apagou tudo no meu WhatsApp. Foi muito rápido, como eu tinha o WhatsApp há muito tempo eu não tinha colocado aquela confirmação em duas etapas e foi por isso que ele conseguiu mais facilmente roubar o meu número. Ele fez a confirmação em duas etapas com outro e-mail e eu não consegui mais recuperar o número”, explicou Rochany, acrescentando:

“WhatsApp é uma segurança para o bandido, para a gente não, porque com todos os meus documentos eu não consegui recuperar de jeito nenhum, eu pedi os códigos e o aplicativo só respondeu que só poderia tentar recuperar após 7 dias, ou seja, o bandido vai ficar com meu número fazendo sabe Deus o quê, não consegui de forma alguma, a segurança ficou contra mim”. Rochany alerta para que tenham cuidado ao disponibilizar seus números em redes sociais como o Instagram, pois é favorável a cair nesse tipo de golpe.

“Tudo indica que ele pegou meu número pelo Instagram, fica até um alerta para as pessoas que trabalham com isso, quem puder evitar não coloque seu número de contato no Instagram, assim como e-mail pessoal”, ressaltou Rochany. “Infelizmente tive alguns casos de pessoas que depositaram dinheiro para o bandido, os valores totalizaram R$ 2.300 reais. O mais lamentável disso tudo é que a gente não conta com uma investigação para crimes cibernéticos que possam nos auxiliar nisso.”

NA DELEGACIA 

Após o golpe, a jornalista disse que passou por um constrangimento quando decidiu ir à Delegacia de Serra Talhada fazer o boletim de ocorrência. Ela contou que o agente que a recebeu não achou necessário o B.O.

“Fui para a delegacia e quando eu cheguei, o agente tentou me convencer de que não daria em nada, para que não fosse feito o B.O., eu insisti que queria prestar queixa porque se algumas pessoas fizessem esse depósito em dinheiro eu estaria resguardada de que não era eu. A gente vê a polícia como nossa segurança e acolher, você está ali vítima de uma coisa, fazendo uma denúncia e a sensação que a pessoa tem é que você quem fez uma coisa ruim de ter que ir à delegacia passar por isso, principalmente para tentar ser convencida que não precisava fazer, que era perca de tempo, como se eu tivesse dando trabalho para eles”, lamentou.