Da ISTOÉ

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Esse já é o terceiro voo de evacuação a chegar na Itália após a tomada do Afeganistão pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã.

Na última segunda-feira (16), 74 pessoas, incluindo cerca de 20 afegãos, chegaram em Fiumicino no KC-767 da Aeronáutica. Já na quarta (18), 85 afegãos desembarcaram na Itália, cuja operação de evacuação envolve 12 aeronaves e 1,5 mil militares.

“Nosso objetivo é manter a ponte aérea aberta”, afirmou o cônsul italiano Tommaso Claudi, que ficou em Cabul para coordenar as operações de evacuação. Segundo ele, a Itália já removeu do Afeganistão não apenas colaboradores, mas também ativistas pelos direitos das mulheres.

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Uma delas é Zahra Ahmadi, irmã do chef afegão Hamed Ahmadi, dono de quatro restaurantes em Veneza. No início da semana, o cozinheiro havia feito um apelo para o governo italiano ajudar Zahra a fugir do Afeganistão, e ela chegou a Roma no voo desta quinta.

“Vejo aquilo que está acontecendo e não posso não ficar triste por aquilo que deixo para trás e por todas as mulheres que ficaram. As esperanças que eu tinha para o futuro do meu país viraram fumaça. Assim que eu chegar, iniciarei uma nova missão: dar voz a quem permaneceu”, disse Zahra ainda no Kuwait.

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A falta de esperanças também ficou evidente nas palavras de um afegão que desembarcou na Itália na última quarta. “Não enxergamos futuro para o Afeganistão. Agora tem o medo pelos familiares que ficaram, eles precisam de ajuda e proteção internacional”, afirmou o homem, que preferiu não se identificar.

As Forças Armadas italianas mantiveram até junho passado uma base militar em Herat, como parte da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão.

A retirada das tropas ocidentais, no entanto, permitiu o rápido avanço do Talibã, que havia sido destituído pela invasão americana em 2001 e reconquistou o país no último fim de semana, quase sem enfrentar resistência. (ANSA).

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