Aposentada, ela recorreu ao aplicativo de transporte particular de passageiros para tirar o nome do vermelho. “Eu vendia semijoias e algumas pessoas que me compraram em 2015 não me pagaram. Tive um prejuízo de R$ 5 mil. Perdi cartão de crédito, plano de saúde e precisei fazer alguma coisa para pagar as dívidas. Só a aposentadoria não é suficiente”, explica.
Autodeclarada uma mulher de força de vontade e de perseverança, ela começou a produzir pizzas e salgados para vender, mas queria mais do que isso para si mesma: liberdade. Corrida após corrida, a aposentada se deu conta de que a realização pessoal estava bem ali, na garagem de casa. Apesar do receio das filhas devido ao impasse com taxistas, ela não desistiu da ideia, aprendeu a usar o aplicativo e, enfim, encarou o desafio.
Acostumada a levar e a buscar passageiros em festas, ela não oferece somente água e bombons, mas também comprimidos de paracetamol, dipirona e remédios para ‘ressaca’. “Também ofereço boas conversas aos passageiros”, comenta.