Publicado às 13h22 deste domingo (21)

Indagado sobre o risco do ex-prefeito Carlos Evandro – caso seja o candidato do grupo da oposição – enfrentar uma ação judicial visando impedi-lo de concorrer as eleições 2020, o advogado e suplente de Senador, Waldemar Oliveira (Avante) disse que a possível candidata governista, Márcia Corando, também pode ser alvo de processo.

Falando ao programa Farol de Notícias, na rádio Vilabela FM nesse sábado (20), Waldemar – que cuida do jurídico do grupo e, em especial, do caso do ex-prefeito Carlos Evandro, afirmou que já tem muitas provas que configurariam propaganda eleitoral antecipada e uso da máquina pública em favor do nome da atual secretária municipal de Saúde.

“É possível que o candidato do prefeito a gente possa impugná-lo, por uma série de questões. A gente está vendo aí que ele [Luciano Duque] tem uma pré-candidata [Márcia Conrado] e ela é secretária e está sendo favorecida. E ninguém aqui é menino pra não saber disso, [pois está havendo] muito uso da máquina em favor dela”, disparou Waldemar, reforçando:

“Eu acho que não é o momento [de entrar nesse assunto]. A gente está ainda na discussão [pré-eleitoral]. Ela nem foi definida como candidata. Mas em um momento oportuno [é possível sim]. Eu acho que provas dessa pré-campanha dela, e ela sendo secretária não estando afastada, eu acho que existem muitas e pode haver impugnação dela também.”

CARLOS SOB FORÇA DE LIMINAR?

Indagado sobre a possibilidade de Carlos Evandro concorrer as eleições do próximo ano sob força de liminar, Waldemar tranquilizou:

“Olhe, em Direito quase tudo é possível. Acho que em Direito só não se pode mandar ressuscitar pessoa (risos), por que ainda não tem uma questão técnica para tentar ressuscitar alguém (risos). Mas quase tudo é possível né? Inclusive a questão da condenação em Tribunal e da condenação em trânsito julgado, a Constituição é muito clara. Enquanto houver recurso a pessoa é inocente. Então, se é inocente como a pessoa [Carlos Evandro] pode ficar inelegível por uma condenação em Tribunal? Por que Carlos não tem [condenação em Tribunal]. Ele reverteu. Ele teve [condenação] em primeiro grau, teve no TCU, mas reverteu no TRF (Tribunal Regional Federal). Então o TRF é quem tá com a última palavra hoje. E a gente ainda recorreu da multa que coube pra ele, [o recurso] está no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e acho que que está com boa possibilidade de vencer. Mas multa não gera inelegibilidade de ninguém, é só uma questão patrimonial”.

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