As crianças encontradas estariam sem se alimentar e apresentavam leves escoriações, sobretudo o mais novo, que tinha algumas queimaduras provocadas pela exposição ao sol, ainda de acordo com o Conselho. “O pai estava com o bebê nos braços e a menina também, mas não estava tão bêbado. Já ela [a mulher] estava fora de si”, diz a conselheira Simone Ferreira. “A gente fez o encaminhamento para a rede de proteção para eles [os pais] serem acompanhados por psicólogos e assistentes sociais”, complementa. Após este período, a depender do grau de alcoolismo, podem ter ou não de volta as crianças, que estão com a avó materna.
Na delegacia, os pais foram ouvidos, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), comprometendo-se a atender ao chamado judicial, e foram liberados, já que maus-tratos são “um crime de menor potencial ofensivo”, de acordo com o delegado Ademir Lima, responsável pelo caso. Este chefe de polícia explica que, “se os pais fossem flagrados em ato de violência doméstica, batendo nas crianças, certamente seriam presos”. O casal poderá pegar penas alternativas, como doação de cestas básicas ou prestação de serviços.
( Do G 1 )