O dólar opdolarera em queda nesta quarta-feira (29), depois de fechar no menor valor em quase 1 ano na véspera, a R$ 3,3060. Investidores acompanham o bom humor nos mercados externos, em mais um dia marcado por ausência de interferência do Banco Central no câmbio, mesmo após o tombo recente da moeda.

Às 10h49, a moeda norte-americana caía 1,71%, a R$ 3,2495. O dólar chegou a R$ 3,2465  na mínima da sessão, menor nível intradia desde 23 de julho de 2015 (R$ 3,2225), segundo a Reuters.

Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h09, queda de 1,29%, a R$ 3,2633
Às 9h40, queda de 1,13%, a R$ 3,256
Às 10h, queda de 1,23%, a R$ 3,2654
Às 10h19, queda de 1,48%, a R4 3,2654

O dia é marcado por queda do dólar em relação a várias moedas de países emergentes, mas no Brasil o recuo é mais intenso por fatores internos, como explica Rafael Gonçalves, analista do departamento econômico da Gradual Investimentos.

“Hoje em especial o dólar cai forte contra o real, e o primeiro motivo é a sinalização do Ilan Goldfajn ontem de que o BC não está disposto a usar as ferramentas cambiais que a diretoria antiga vinha usando”, disse em entrevista ao G1, referindo-se à ausência de interferência do BC no câmbio nos últimos dias.

“Além disso, o mercado agora vai tentar descobrir qual o câmbio que o BC vislumbra como ideal. Então tem uma questão de teste para saber se o BC mostra alguma sinalização de que o câmbio está num patamar ajustado”, diz Gonçalves. O BC não faz leilão de swap reverso, que equivale a compra futura de dólares, desde 18 de maio.

Outro motivo apontado pelo analista é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva uma entrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda tende a cair em relação ao real. “O mercado imaginava que os juros iriam cair por volta de agosto. Depois do discurso do Ilan ontem, a projeção passou para outubro ou novembro”, afirma Gonçalves.

Leia mais em G1 economia