Publicado às 4h desta quarta-feira (13)

Se você comprou celular sem nota fiscal adquirindo o aparelho informalmente comece a se preocupar. Você pode responder criminalmente por receptação culposa, dolosa ou qualificada.

Diante a onda de furtos e roubos de celulares em Serra Talhada, o 14º BPM (Batalhão de Polícia Militar) anunciou, nessa terça-feira (12) durante o programa Frequência Democrática na Vilabela FM, que uma operação está em curso para identificar se seu celular é fruto de crime ou não.

“A qualquer momento se houver indício de suspeição, fazendo a consulta pelo número do IMEI, vai constar que aquele celular foi roubado ou furtado e automaticamente nós iremos fazer a condução à delegacia da pessoa”, adiantou o major do 14º BPM, Fabrízio Ferraz (foto).

Durante a entrevista, ele revelou que o Infopol (sistema eletrônico da polícia) já dispõe de um banco de dados onde o código de qualquer celular poderá ser consultado facilmente, ajudando no trabalho das equipes no combate ao crime em Serra Talhada.

A única exigência é que, se você foi alvo de bandidos e não prestou queixa, vá até a delegacia e faça um boletim de ocorrência deixando com a polícia o código IMEI, que é a identificação internacional do seu aparelho.

“Todo o celular possui um código chamado IMEI, que significa a identidade internacional do equipamento móvel. Então, imagine isso como o chassi do celular, que já é colocado no aparelho pela Embratel”, explicou o major Fabrício Ferraz.

COMO SABER O IMEI?

Para saber o código IMEI do seu celular é muito fácil. Digite: Asterisco, jogo da velha, zero, seis e jogo da velha novamente. O major Fabrízio Ferraz orienta que assim que o aparelho fornecer a numeração é preciso anotá-la em um papel para caso você seja alvo de assalto no futuro. “O que o usuário deve fazer? Comprou um celular? Procure logo saber o número do seu IMEI e deixe anotado”, reforçou o policial, orientando:

“É importante que vocês anotem e deixe esse código guardado. Digamos que você foi assaltado e vá à delegacia registrar boletim… Lá existe um campo específico no sistema Infopol, onde se digitaliza o número do IMEI e seu celular passa a fazer parte de um banco de dados. Nós do 14º BPM já recebemos quatro tablets para facilitar a vida do policial militar pra fazer a consulta desse código na rua, nas próprias viaturas”, avisou o major.

PRISÃO POR RECEPTAÇÃO

Fabrízio Ferraz justificou a necessidade de levar a pessoa que está portando o celular suspeito para delegacia, pois lá as informações serão confrontadas com o boletim de ocorrência do proprietário original do aparelho.

“Aí a pessoa poderá ser presa por receptação culposa, dolosa ou qualificada. Ou pode ser reconhecida pela vítima que havia prestado o boletim de ocorrência, que pode reconhecer a pessoa como praticante de um possível assalto. Ou seja, quem pode ter comprado o celular numa feira do rolo ou em outro canto, sem nota fiscal, ou qualquer origem ilícita vai ser notificado por recepção”, alertou o major, detalhando:

“Isso funciona, mais ou menos, como no caso de veículos roubados que tem sua placa e seu chassi jogados em um banco de dados. Então, com base no banco de dados e no chassi a gente saber se aquele veículo foi roubado ou furtado, baseado nessa informações levamos o veículo para a delegacia. A gente vai fazer o mesmo procedimento com a consulta do IMEI do celular”.