Drama de água se agrava na zona rural de STPublicado às 05h50 deste sábado (16)

Uma moradora de Tauapiranga, distrito de Serra Talhada, que preferiu não se identificar, recorreu ao Farol consternada com o problema da falta de água no povoado,  levando os moradores das ruas mais altas a terem que comprar água. Segundo ela, não estão liberando água e quando é liberada não chega a subir nas caixas porque perde a força devido às ligações diretas no meio do percurso para atender os moradores dos sítios vizinhos.

CONFIRA O RELATO DA MORADORA

”Temos um açude que abastece o povoado e tem uma pessoa responsável que a gente paga por mês para encher a caixa e soltar água, mas no percurso do açude para chegar aqui porque tem várias ligações diretas, vários registros. A prefeitura paga a energia da bomba que joga água para essa caixa e ele libera o registro para vir água para a rua. Como aqui é pequeno, cada rua tem um dia, dizem que é um dia, mas é uma noite, ele enche a caixa durante o dia e a noite solta.

Eu moro numa rua que é mais habitada, em termos gerais, de 100% das casas, só são habitadas 80%. A pessoa que coloca água, não sei o motivo, não está colocando. Eu moro há 13 anos aqui e toda vida comprei água. Nunca subiu água para o meu banheiro, tenho que comprar, hoje mesmo o rapaz vem com um caminhão de água e para quem não tem renda fixa porque o lugar não ajuda fica difícil, é um constrangimento.

Tem um poço também que dizem que é da população que a gente pode colocar, tivemos que fazer gastos com mangueira para colocar nesse poço para abastecer nossas casas quando faltar água. A água é muito salgada, mas é a única que a gente tem. As casas da parte de baixo sempre tem mais água, nunca reclamaram, sem falar nos sítios que têm  porque como é por noite, as pessoas liberam as mangueiras para aguar as plantações e a água perde a força, não sobe nem numa caixa de 1.000 litros no chão.”