Publicado às 15h45 deste sábado (9)
Diante a proposta de reajuste do piso salarial dos professores enviada pelo governo Márcia Conrado à Câmara de Vereadores nessa sexta-feira (8) [veja aqui], a categoria prevê novas mobilizações, segundo integrantes da Aprost (Associação dos Professores de Serra Talhada), ouvidos pelo Farol neste sábado (9).
“Vamos nos mobilizar, essa proposta está aquém do que a nossa categoria esperava e ainda pretendem mexer no PCC (Plano de Cargos e Carreiras). A proposta sugere perca de direitos já adquiridos, então vamos continuar brigando pelos 33,24% até o fim”, disse uma professora filiada à Aprost, ouvida pelo Farol. O presidente da Aprost, Carlos Antônio, afirmou ao Farol que a categoria não vai abrir mão de direitos conquistados.
“Defendemos 33,24% para todos os professores ativos e inativos. Nada menos que isso. E reforma do PCCR (Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração) apenas através de comissão com representação da categoria. Não abriremos mão de nenhum direito conquistado com luta, seja em relação ao piso com repercussão na carreira, como também, as conquistas referentes ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração nas tabelas de progressão vertical (tempo de serviço) e horizontal (qualificação profissional). Só aceitaremos a reforma do PCCR construída com a participação da categoria. Reforma promovida de forma unilateral não representa avanço nessas conquistas. Estaremos vigilantes e prontos para se opor a qualquer tentativa de subtração de direitos”, disse.
EMBATE COM O GOVERNO MÁRCIA CONRADO
“Nós sempre defendemos um aumento de 33,24% para toda categoria enquanto a proposta inicial era 33,24% na base, para os professores no início de carreira. Essa proposta para a gente é injusta porque quanto mais o professor progride na carreira, quanto mais o professor tem tempo de carreira, menos ele recebe quanto ao aumento, até chegar a um ponto que professores lá no topo da carreira, ou por qualificação profissional ou por tempo de serviço, não teriam nenhum aumento. Então isso não aceitaremos”, reforçou Carlos Antônio.
SOBRE A ASSEMBLEIA DO SINTEST
“Como houve uma assembleia e fiquei sabendo que houve uma decisão lá por parte da maioria dos que estavam presentes, gostaria só de acrescentar que nós que fazemos parte da Aprost continuamos com a mesma reivindicação, não mudamos em nada na nossa reivindicação, continuamos defendendo 33,24% para toda categoria com repercussão na carreira e também para que os inativos sejam contemplados da mesma forma. E quanto ao PCCR, só aceitamos uma reforma se for construído pelos atores indicados por cada entidade de categoria, inclusive com participação do governo no estudo e reformulação desse PCCR, de forma unilateral não aceitaremos. Se a categoria nesse momento de assembleia [do Sintest], escolheu uma proposta a ser encaminhada pelo governo, isso não representa a decisão de todos. A Aprost continuará lutando onde for possível por uma proposta que venha realmente representar valorização para a categoria”, disse Carlos Antônio.
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