Por Adelmo Santos, poeta e escritor de Serra Talhada, autor do livro “Menino Malino’
Naquela época as mulheres usavam vestidos muito compridos, e dificilmente as suas pernas eram vistas por um homem. De 1870 a 2013, muito tempo já passou e muitas coisas já mudaram. E no andar da carruagem, num show de Ivete Sangalo, um fã filmou sua calcinha, usando a tecnologia e muita malandragem. Além das lentes de seus olhos, ele usou o celular, coisa que Horácio não tinha em 1870.
Já pensou se o escritor José de Alencar estivesse vivo para escrever o livro agora? Que titulo ele daria ao livro? Se do umbigo para baixo, para ver ficou mais fácil. Quantos livros José de Alencar escreveria? Ia ter livro pro pé, pras pernas, pras coxas, sem contar as entrelinhas, seria uma biblioteca até chegar na calcinha.
E se o personagem não enxergasse a calcinha? Que às vezes é tão pequena que não dá pra ver direito? Foi o tempo, foi a época, que nem no varal se via uma calcinha de mulher. Agora para ver é só sair nas ruas, nas praças, nas escolas, nos shows, até nas igrejas na hora da missa.
Eu lembro que nos anos 60, padre Jesus Garcia Riaño criticava os decotes, na igreja todo dia. Ivete Sangalo interrompeu o show, tomou o celular do rapaz, que acabara de filmar sua calcinha, apagou as imagens, dando uma grande lição de moral no rapaz. Por que será que Ivete Sangalo ficou tão zangada? Será que a calcinha era preta? Será que ela com aquele par de pernas, e sua calcinha à vista, não queria pagar sapo, passando despercebida? Certo mesmo é que para o rapaz que filmou a CALCINHA DA GAZELA, mesmo sendo colorida ele acabou vendo a coisa preta.
OBS: Texto do livro “De Volta Pra Minha Terra” que está sendo escrito.
1 comentário em LITERATURA: Da Pata da Gazela, de José de Alençar; à calcinha de Ivete Sangalo